Essa ilusão milagrosa quero que se torne realidade

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— Gguk-ah, não precisa mesmo. Está tudo bem — Taehyung tentou dizer, mas ele já sabia que não adiantava muito.

— Por favor, hyungie. Nunca jantamos juntos.

— Mas estamos juntos — Taehyung tentou, ouvindo o mais novo bufar. — Tudo bem, tudo bem. Jantamos amanhã.

Jeongguk vibrou contente, fazendo Taehyung sorrir.

— Sobre o aquela vaga de trabalho que você me disse para me inscrever... eu me inscrevi nela. Eles chamaram para uma entrevista — Jeongguk iniciou um pouco incerto, ele sempre ficava assim quando o assunto era referente ao seu futuro.

Quando tinha seus pais, ele era um rapaz focado e com vários sonhos. Entretanto, perdê-los também desencadeou perder qualquer coisa promissora referente a ele.

Taehyung o instigou a terminar o ensino médio e tentar fazer algum curso superior, mas Jeongguk não conseguiu ir além do colegial. Sua mente não parecia estar interessada em mais nada. Por isso, era realmente uma vitória saber que estava pensando em fazer algo além de matar vampiros e ficar em casa.

Taehyung mal acreditou quando ouviu, quase sem reação.

— Você... realmente?

— É... bem, não significa que eu vá. Eu só... Não sei direito.

— Jeongguk, olhe para mim — Taehyung pediu, e Jeon assim o fez. — Pense nisso. Vai ser bom, acredite.

Jeongguk suspirou pesadamente, assentindo.

— Eu irei... Darei uma resposta amanhã, já que não tenho um prazo maior para isso.

— Certo. Saiba que seja qual for sua resposta, eu te apoiarei. Mas é importante que pense no seu futuro com cuidado.

— Hyung, você gosta do seu trabalho?

— Bastante. Eu me esforcei muito para conseguir a vaga, então fico muito satisfeito comigo mesmo — disse com sinceridade.

— E seus pais?

— Ninguém da minha família estava muito interessado nessas coisas, sinceramente. A única que me apoiou foi minha irmã e a pequena Chaejong... — disse um pouco triste, mas não magoado. Para seus pais, ele estava apenas sendo diferente. Não estavam totalmente errados, entretanto. — Mas sou feliz por seguir o caminho que segui. Foi por causa dele que eu conheci você, afinal.

— Mas você poderia ter recusado — Jeongguk disse, mordendo o lábio inferior com o pensamento. — Quando o juiz disse para você ficar com a minha tutela.

Taehyung sorriu pequeno, segurando a mão de Jeongguk sobre a mesa.

— Foi eu quem pediu sua tutela, contei a você no primeiro dia que nos vimos. Eu tinha um dever a cumprir, e mais do que tudo queria ajudar você a passar por essa situação, já que não havia ninguém mais próximo para fazer isso. — Explicou. — Agora você sim poderia ter recusado, a lei quer que você se sinta confortável.

Jeongguk sentiu as bochechas quentes, evitando olhar para Taehyung naquele momento.

— Você parecia legal — murmurou. — E também, era o único que realmente parecia se importar com minha situação.

— Fico feliz que tenha me permitido te ajudar naquele tempo — Taehyung disse com um sorriso pequeno.

— Sim, sim, agora vamos deixar esse assunto para lá — Jeongguk disse sentindo o sangue correr para suas orelhas. Ele havia contado para Taehyung sobre a atração que havia sentido por ele depois de algum tempo convivendo juntos, mas sempre sentia vergonha ao lembrar que Taehyung pediu a ele paciência até ser maior de idade para que pudessem ter algo.

— Por que você está tão vermelho assim? — Taehyung perguntou logo em seguida, notando o rosto do mais novo.

Jeongguk fez um bico, frisando o olhar.

— Estou lembrando de quando você me deu um fora.

Taehyung riu, negando.

— Eu nunca dei um fora em você. Só pedi paciência.

— Me recuso a acreditar — ele disse falsamente irritado, gostando de ouvir a risada de Taehyung. Só isso bastaria para acalmá-lo.

Ele terminou seu jantar na companhia do mais velho, e logo depois foi até o banheiro para tomar um bom banho. Quando ele saiu de lá, ouviu Taehyung terminar de encerrar uma ligação, parecendo um pouco nervoso.

— O que foi? — perguntou, indo em direção ao guarda roupa para pegar peças limpas. Taehyung olhou para ele, colocando o celular no bolso.

— Bebê, eu vou ter que ir na casa dos meus pais agora. Parece que eles precisam da minha ajuda em algo importante — avisou, vendo Jeongguk terminar de colocar as boxers apenas para fazer um bico.

— Eu não acredito nisso... Tem que ser agora? — perguntou, sem conseguir conter a frustração na voz. Taehyung sorriu por vê-lo tentando conter a zanga, se aproximando e deixando um beijo leve em sua boca. — Você ainda volta hoje?

— Acho que já vai estar tarde demais para voltar, provavelmente dormirei lá.

— Estraga prazeres.

Taehyung riu alto, indo em direção a porta da casa, Jeongguk o acompanhando.

— Só dessa vez, eu prometo. Nos vemos amanhã no Café, tudo bem para você?

— Já que eu não tenho escolhas, tudo bem — disse, aproximando o rosto do de Taehyung quando ele já estava fora da casa, deixando que os narizes se tocassem de leve. — Tenha cuidado...

— Vou ter. Qualquer coisa ligue para mim. Boa noite, Gguk-ah — Taehyung disse baixo, pressionando um selinho na boca do mais novo.

— Ok. Boa noite, hyungie — despediu-se, vendo Taehyung caminhar aos poucos para longe. Por sorte, a casa de seus pais não era distante, assim como o trabalho do mais velho, o que facilitava muito a vida deles.

Sem a companhia do outro, tudo que restou a Jeon foi aceitar, indo se arrumar para dormir. Nunca era uma boa noite quando Taehyung não estava lá, por isso, ele demorou a agarrar no sono.

[🎃]

boo

ROADS | taekookWhere stories live. Discover now