Capítulo 2

416 148 54
                                    


22 de abril, quinta-feira

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

22 de abril, quinta-feira

Elizabeth

Elizabeth chegou às 21h15 no evento. Após pagar a corrida, virou-se para o enorme e luxuoso prédio em sua frente. Suspirou.

"Onde você me meteu, Clarissa?", enviou para sua amiga.

Ela apresentou o convite para o segurança na entrada, que a olhou de cima a baixo. O homem balbuciou alguma coisa em seu ponto de escuta e em seguida liberou a entrada. Elizabeth agradeceu acanhada e passou pelo enorme arco de dois andares que a levou para um salão magnífico, quase de outro mundo. O lugar era extravagante e sensual, a iluminação era baixa. Luzes vermelhas e azuis dançavam pelas paredes, outras luzes coloridas decoravam o gesso a muitos metros acima de sua cabeça e elas criavam detalhes sofisticados. Vasos de plantas enormes decoravam o ambiente, pessoas desconhecidas sentavam-se às mesas altas com dois ou três bancos. A música "Four Out of Five" da banda Arctic Monkeys tocava no local.

Ela estava oficialmente deslumbrada.

Um garçom passou por Lizzy e lhe entregou uma bebida transparente. Como toda boa universitária, reconheceria uma tequila de longe. Pensou em beber, porém no mesmo instante seu celular vibrou na bolsa.

"Eu a meti na melhor noite da sua vida, quenga".

Clarissa... Lizzy queria arrastar a amiga pelos cabelos. Como poderia ter aceitado um convite tão misterioso? Em um filme de terror, Liz seria a primeiríssima vítima a ser assassinada. Estava prestes a xingar a amiga, condená-la por toda a eternidade quando reparou em como as pessoas estavam bem vestidas. Pessoas bonitas que vestiam trajes sociais, camisas com ou sem gravata, blazers caros, vestidos longos ou curtos. O charme delas era quase tangível. Boa parte das pessoas usava máscara e foi quando percebeu que ela não tinha uma.

"Por que não me avisou que era um baile com máscaras, Clare? Estou sem nenhuma!"

Elizabeth desceu o pequeno mezanino que a separava da festa. Seu vestido marinho não a inferiorizava das outras mulheres. Fez a escolha certa quando o escolheu do seu guarda roupa. No pé da escada, sentiu alguém a tocar gentilmente no braço. Era um homem negro e alto que usava uma máscara como todos os outros.

— Boa noite — a cumprimentara, sorridente.

Devido a luz fraca e confusa, ela não conseguiu ver nitidamente o rosto mascarado, nem a cor dos olhos, para ser exata.

— Gostaria de me acompanhar, madame?

"Madame?", pensou, "que chique!", só que, no fundo, a loira sentia-se insegura demais. Primeiro ela era chamada de madame, algo que nunca aconteceu em sua vida, e, segundo, que lugar era aquele?!

Querido Professor - DISPONÍVEL NA AMAZONWhere stories live. Discover now