O patrimônio líquido de Cal é todo dele, e Eros Tomlinson é toda sua agora também. Louis não entende porque seu avô fez isso mas já faz mais dois meses desde sua morte, então não pode perguntar a ele.

"Louis?" Jay pausa do outro lado, incerta sobre a ligação. "Você está aí? Está ouvindo?"

Ele fecha os olhos com força, cotovelos apoiados em cima da mesa e mãos em seus cabelos.

"Sim, mãe." Responde, com calma. "Eu tenho alguns problemas para resolver em Delgrave, então se você puder me ligar depois..."

"Não, não posso." Sua mãe parece irritada agora. "Você sabe como isso é injusto? Eu fui a cara das malditas revistas por anos. Eu recusei dezenas de propostas de emprego, e assinei um contrato para aquela maldita empresa. E ele não me deixou nada. Nada."

Louis morde seu lábio levemente, respirando fundo para não perder a paciência com ela. Jay é uma mulher difícil e com gênio forte, impossível não a descrevia.

"Mãe, você tem que superar." Ele diz a ela, voz engrossando. "Eu não tenho culpa e nem sei porque vovô deixou a Eros para mim. E você sabe que eu a colocaria nas suas mãos se pudesse, mas não posso. Está no testamento. Sinto muito. Vou desligar."

"William..."

Ele desliga antes que ela complete sua frase. Louis a ama, ela é sua mãe, mas Jay consegue tirá-lo do sério com tanta facilidade que as vezes o assusta.

Ele não pode reclamar de sua criação no entanto, sua mãe sempre foi uma mulher incrivelmente bela e obstinada. Ela tinha seus planos para o futuro, e nunca fez dele e de sua irmã um empecilho para conseguir o que queria. Com seu pai, as coisas eram apenas mais fáceis.

Mark era o tipo de homem que preferia pescar calmamente em um lago tranquilo durante o verão ao invés de se trancafiar em um avião rumo à Itália. Era um homem simples que preferia assistir jogos de basebol com Lottie no sofá vestindo uma camisa velha e boné virado para trás ao invés de se importar com o quanto de dinheiro o estofado de couro tinha custado.

No entanto, ele e sua mãe eram perfeitos um para o outro, embora ela reclamasse de sua simplicidade todo o tempo, Louis via como Mark a adorava por ser do jeito que era. E com o passar dos anos, ele ainda consegue enxergar esse mesmo brilho nos olhos de seu pai.

Louis tem cerca de dez minutos de descanso em seu silêncio precioso com seus próprios pensamentos antes que haja alguém batendo em sua porta. Algo se agita em seu estômago quando ele percebe a sequência de batidas. Harry Styles é uma criatura peculiar, certamente.

"Entre." Ele diz em voz alta, deixando a caneta de lado e juntando os papéis em uma pequena pilha em cima da mesa.

Harry se esgueira pela porta devagar, não deixando de girar suas chaves quando está dentro. Ele trás sua bolsa no ombro, e veste o mesmo moletom de cedo, apesar de substituir os shorts por um par de calças confortáveis.

Louis nota imediatamente algo diferente no rosto dele. Há palidez em suas bochechas e os lábios também não tem cor. Os olhos parecem casados, ainda que ontem tenha sido domingo e anteontem um sábado preguiçoso.

"Você está se sentindo bem?" Questiona, quando ele se aproxima.

Louis fica de pé e o recebe mais perto, encostando a parte de trás de suas pernas contra a beirada da mesa.

"Vou me sentir melhor quando você me disser que aquela câmera não nos pegou." Ele joga, braços cruzados e ombros encolhidos, como se sentisse frio.

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