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Quente.
Hidan sentia cada célula do seu corpo arder em desejo. O corpo de Hinata estava enroscado ao seu, o cheiro dela o embriagava o deixando zonzo e ao mesmo tempo alerta e sensível a cada sensação.
Durante a noite, as pernas se entrelaçaram, a direita de Hidan estava entre as pernas de Hinata, que parecia se esfregar nele apenas com o intuito de atormenta-lo. O braço esquerdo de Hinata envolvia seu tronco, o apertando numa prisão que ele queria receber punição perpétua. A respiração suave dela em seu pescoço causava arrepios de desejo que vibravam por sua mente, acelerando seu coração que bombeava descontroladamente.
Estava excitado.
Tentou virar o corpo sem acordar a amiga, se soltar daquele calor que estava consumindo sua sanidade. Era uma tortura, mas ele era masoquista e não conseguia evitar. Dormir com Hinata duas noites seguidas sem poder saciar o instinto que gritava em seu subconsciente, de tocar toda aquela pele de porcelana e sentir seu sabor, de enterrar-se dentro dela, sufocar na pele de Hinata os gritos e gemidos animalescos que ele provavelmente daria ao possuí-la...
Puta merda, ele estava mais duro que pedra.
Estava suando. Se controlar exigia cada fibra do seu ser. Conseguiu ficar de barriga pra cima e afrouxar o abraço de Hinata. Hidan respirava pesadamente, olhando para o forro do quarto e rezando para que Hinata não acordasse e visse a tenda que estava armada em seu short.
Se sentiu corar. Que situação constrangedora!
Fechou os olhos, precisava se acalmar. Esquecer que a perna de Hinata ainda estava sobre uma das suas, que o braço dela estava sobre seu abdômen e que a respiração dela estava em seu ombro. Pronto, uma ovelha, duas ovelhas, três...
Hinata se mexeu, e como se a sorte sorrisse -ou não - para Hidan, a morena virou para o outro lado, saindo daquele vórtice do inferno, de tão quente que era ficar perto dela. Hidan suspirou aliviado, se sentando e dando de cara com a bunda arrebitada e redonda de Hinata, coberta apenas por uma calcinha de renda verde escuro, o que a fazia parecer ainda mais tentadora.
Olhou para cima, como se falasse com Deus: Porra, castiga mais!
Hidan podia negar para si mesmo muitas verdades, mas seu corpo não mentia. Havia um desejo pela amiga, algo que provavelmente foi sufocado por tanto tempo que agora parece ser como uma represa rompida, as ondas inundando sua mente e seus hormônios todos à flor da pele. Ainda eram 5h da manhã, e o albino não sentia um pingo de sono.
Se levantou silenciosamente da cama e saiu do quarto. Precisava de um banho frio urgentemente. Pegou a toalha que ficava na lavanderia e se trancou no banheiro, abrindo a ducha fria.
