Capítulo II-Ciel

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Ciel on~

Ele sorri simpático e me entrega a caneta, assim que a pego noto como eu estou tremendo. Sinto muita tontura e dor no olho. "Tinha que ser hoje?"

Ciel off~

Sebastian on~

Assim que ele pega a caneta vejo como ele está nervoso, ele começa a ficar mais branco do que ele já é.

Eu: - Ciel, você está bem?

Ciel: - Eu... - Ele solta a caneta e leva mão até seu olho coberto pelo tampa-olho fazendo cara de que está com dor.

Levanto, vou até ele ajoelho na sua frente e coloco a mão em sua testa, está muito quente. Vou até minha mesa e pego uma caixa de primeiros socorros que fica no armário. Volto a ficar na frente dele.

Eu: - Ciel. - Ele olha para mim.- Deixa eu...

Ciel:- Não precisa, está tudo bem.

Eu:- Não, não está. Confia em mim eu já fui médico.

Ele suspira e tira o tampa-olho mantendo esse olho fechado, aos poucos ele o abriu. Fiquei sem palavras, é muito lindo. É de uma cor diferente, chega a ser tranquilizante olhar para os dois olhos dele, um azul marinho penetrante e o outro roxo embriagante.

Ciel:- Por favor... P-para de olhar assim, é constrangedor.

Eu: - Desculpe, é que é muito lindo. -Pego um par de luvas.- Deixe os dois olhos abertos. -Pego um colírio para aliviar a dor e pingo em seus olhos.- Vai arder um pouco. -Ele os fecha e faz uma pequena careta, a qual achei muito fofo.- Vou te guiar até um sofá, para você descansar até a dor passar.

Ele acena positivamente e segura a minha mão, o guio até o sofá e o deito ali, aos poucos ele abriu o olho, a dor deve estar passando.

Ciel:- O-Obrigado. Não queria causar problemas.

Eu:- Você não causou nenhum problema, como já disse eu já fui medico. De certa forma, foi legal voltar aos velhos tempos.

Ciel:- Me permite uma pergunta? -Ele senta e me olha.

Eu:- Claro. O que é?

Ciel:- Se o senhor fez faculdade de medicina, por quê está administrando uma empresa?

Eu:- Não me chame de 'senhor' me sinto velho. Realmente me desvie bastante do meu sonho inicial... Vamos fazer o seguinte, você me conta o que aconteceu com seu olho e eu te conto como eu vim parar aqui. Ok?

Ciel:- Está bem... Mas promete que não vai contar isso para ninguém? -Ele desvia os olhos dos meus.

Eu:- Prometo. Pode começar quando quiser, nem era pra' eu estar aqui, hoje é meu dia de folga e automaticamente seu também.

Sebastian off~

Ciel on~

"Por que eu to fazendo isso?! Sebastian me dá uma sensação de segurança, isso nunca aconteceu antes."

Ele sorri para mim de uma maneira que me deixa confortável para contar tudo que ele quiser saber.

Eu:- Estava tendo uma festa na nossa casa, quando eu me perdi no meio das pessoas. Depois que acabou a festa eu fui procurar minha mãe, procurei em todos os lugares, mas não encontrei, até que lembrei de procurar na biblioteca... -Minha voz falhou. Até hoje só contei isso para minha psicóloga e o policial no dia que aconteceu.- Quando eu abri a porta, eu... -Aconteceu oque eu não queria, comecei a ter uma crise de pânico.

Abaixo a cabeça deixando minha franja cobrir meus olhos, choro com uma criança e me encolho. Sinto braços envolta de mim, me abraçando. Fecho os olhos e aprecio a sensação de segurança, carinho e amor que ele transmite através desse abraço.

•••••••••••••

Não sei quanto tempo passou, mas ele consegue fazer minha crise de pânico parar. Respiro fundo e olho para ele.

Eu: - Como você fez isso?

Sebastian: - Eu tinha muitas crises um tempo atrás. Um amigo me ensinou a controlar.

Eu: - Obrigado.

Sebastian:- Não precisa agradecer. Por mais que eu não te conheça, sinto uma enorme vontade de te proteger. -Sebastian levanta e estende a mão para mim.- Confia em mim?

Eu: - Sebastian, não posso simplesmente confiar em uma pessoa que eu acabei de conhecer.

Sebastian: - Por favor me dê seu voto de confiança, prometo não te decepcionar. -Ele me olha como se conseguisse ver a minha alma.

Eu: - Sebastian eu não...

Sebastian: - Por favor Ciel.

Fecho os olhos, respiro fundo, abro os olhos, olho para ele, respiro fundo mais um vez e me levanto.

Eu: - Não sou de dar voto de confiança a ninguém, mas vou te dar o meu voto de confiança. -Ele sorri- Se você me decepcionar eu não vou quer ver você nem pintado de ouro, entendeu?

Ele fica sério, se afasta e faz uma reverência.

"Eu já vi isso antes."

Sebastian: - Yes, my lord.

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