Sentimentos

11.7K 474 19
                                    

Julieta (mãe de Natasha)

Já estava perdendo as esperanças de quê poderia encontrar minha filha, eu não tinha notícias dela, não sabia se estava viva ou morta, se estava passando fome, não sabia de nada, se me pedissem uma nota, do quanto eu achasse que poderia encontrar minha filha, de 10 à 0 seria 4,5, antes era a ser 10, 6% já havia diminuido, imagine daqui pra frente. O clima em casa não era dos bons, e havia motivos, o pai dela não dava notícias, aquele...argh...nunca ajudou em nada mesmo, quando eramos casados era tudo tão perfeito, até eu descobri que no nosso terceiro dia de namoro, ele estava me traindo, e só estava comigo devido ao dinheiro, não deixei-me abalar por isso, à minha única preocupação era Natasha, então logo pedi a ajuda a minha mãe, que veio a morar conosco, e tem nós ajudado bastante, hoje Natasha estuda, bom....estudava (choro) em uma ótima escola, e se não fosse por uma briga que acabará em um tapa, ela estaria aqui comigo agora.
Natasha

Fiquei semanas pensando no bebê que havia perdido, não conseguia tirar aquilo da minha cabeça, tudo o quê eu mais queria era morrer naquele momento, fiquei pensando em maneiras de me matar, havia um prego onde eu poderia pendurar algo e me enforcar, as paredes eram duras, eu podia bater minha cabeça, e quem sabe morrer se traumatismo craniano, mais eu não queria uma morte dolorosa, apenas uma que eu pudesse acompanhar, logo em cima do meu colchão havia uma bancada, onde em cima tinha um exemplo de fogão, onde não conseguia cozinhar comida alguma, peguei o rolo de papel higiênico que ainda restava, embolei tudo em cima do aparelho, e liguei-o, deitei-me no colchão velho e fiquei pensando nos meus erros, esperando o papel queimar e a fumaça se espalhar, eu achei que não iria sentir nada, mas pude sentir a dificuldade de respirar rapidamente, não via mas nada, so fumaça, estava puxando o máximo de ar que eu conseguia, não aguentei mais, minha idéia de querer morrer estava mudando, em meio a fumaça desliguei o aparelho, botei um pano sobre a boca para respirar melhor e esperei a fumaça baixar, o cheiro estava forte, Cristian poderia sentir rapidamente, limpei tudo rápido, e passei um pouco de perfume para disfarçar um pouco, não ajudou muito mas...Oh não, ele estava Vindo, passei mais um pouco de perfume, e sentei para fingir que estava lendo, o mesmo livro mais de 10 vezes -Natasha voc...mais que merda de cheiro é esse? Eu fiquei calada e apenas dei de ombros -Olhe pra mim, que porra de cheiro é esse? Olhei para o seus olhos, mais não falei nada -Você tentou...você tentou se matar? ESTÁ ME DIZEMDO QUE TENTOU TACAR FOGO AQUI DENTRO? as lágrimas já caiam pelo meu rosto, já podia ver o quê iria acontecer —Me desculpa eu..eu, ah eu não pensei no pior, me desculpa mesmo!! Ele me encarava raivosamente, abaxei a cabeça, Fechei os olhos, e sussurei —Por favor não faça nada comigo, por favor, por favor não faça nada comigo, por favor, por favo....Fiquei repetindo cada vez mais baixo, me segurando para não chorar, só ouvi o estrombo da porta, ele havia ido embora, eu fiquei tão aliviada por não ter que apanhar de novo, ele voltou novamente, com um balde, que eu não pudi ver o que tinha dentro, antes de 5 segundos, ele jogou o balde pelo quarto todo, e pelo que percebi, era tinta —LIMPA ISSO AGORA, ESSA É SUA PUNIÇÃO!! —Mas é tinta isso, isso não sai fácil!! —Dá teu jeito, OU ISSO OU APANHA! É claro que eu não escolheria a opção apanhar, comecei a limpar tudo, esfreguei tanto, que minhas mãos chegaram a inchar, fiquei, acho que umas 5h limpando tudo isso, me joguei na cama, e dormi, não quis nem comer, só queria dormir, e se pudesse, dormir e não acordar mais! Quando acordei, eu não estava na mesma espelunca de sempre, estava em outro quarto, um quarto vazio, minhas mãos estavam algemadas, ligadas a um ferro preso na parede, eu estava completamente nua, estava meio escuro pois já era de noite, e não vi luz sequer naquele quarto, vi a porta se abrir, não pudi ver bem o rosto, mais tinha certeza que era o Cristian, ele acendeu uma vela, sim era ele, ele estava tirando à roupa, e é claro, imaginei que fosse acontecer a mesma coisa de sempre que ele fica excitado, mas, mas ele pegou um tipo de, CHICOTE, meu coração acelerou, ele me virou de costas, e tampou minha boca com esparadrapo, e meus olhos com vendas, não tinha idéia alguma do que estava acontecendo, em um momento de distração, o uma lapada de chicote horrível veio nas minhas costas, devido o esparadrapo, não pudi gritar muito, então mordi os dentes, ele me bateu nas costas com o chicote mais umas três vezes, eu já estava chorando, era uma dor muito grande, como se alguém estivesse cortando você em pedacinhos, ele parou, tive a sensação de que ele estava me olhando, ficou um silencio, podendo-se ouvir apenas o meu choro, ele me virou de frente, minhas costas estação ardendo, novamente, ele me bateu com o chicote na minha parte íntima, não sabia o por quê dele estar fazendo isso, não dei motivos, na verdade, eu nunca dei motivos pra ele me bater, bateu umas cinco vezes neste lugar, e depois, penetrou em mim como se eu fosse uma boneca, nesse momento ele estava fazendo tudo que tinha direito comigo, eu sentia como se estivesse completamente quebrada por dentro, quando acabou, ele me deixou lá jogada como um pano velho, eu estava com muita dor, adormecido, a dor era forte, aquilo...bem, acabou comigo por inteiro.

Em CativeiroWhere stories live. Discover now