Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)

Capítulo 42.

"Emi, me desculpe por não estarmos presente nesse momento tão especial na sua vida, mas era preciso! Espero que esteja bem, iremos voltar para casa amanhã, então se cuide e tem comida na geladeira."

Suspiro deixando o bilhete de volta ao sofá. Subo correndo para o meu quarto e vou direto para o banheiro, preciso de um banho quente para poder dormir.

A água quente passando pelo meu corpo retira toda a areia que estava presente alguns segundos atrás. É tão relaxante senti-la depois desse dia corrido, com tantos acontecimentos.

Um aroma, agora muito conhecido por mim, invade as minhas narinas, me fazendo se concentrar no som de passos pelo meu quarto. Desligo rapidamente o chuveiro e enrolo a toalha no meu corpo.

Ele não deveria estar aqui! Mas ele está!

Abro a porta do banheiro rapidamente, e logo o meu olhar fixa em um canto do quarto que está um pouco escuro, mas consigo indentificar esses olhos vermelhos, em seguida um déjà vu me atinge. Algo me diz que eu já vivi esse momento antes, já o vi naquele mesmo lugar, com o mesmo olhar.

—O que você está fazendo aqui?– mantenho minha voz firme ao notar a sua aproximação.

—Sei que fui egoísta por não ter te contado a verdade e ter guardado só para mim, mas...– não o deixo terminar de falar.

—Quanto tempo? Por quanto tempo você escondeu isso de mim?– os meus olhos já estão começando a arder, mas não vou deixar cair nenhuma lágrima.

—Desde que éramos criança desconfiava que você poderia ser a minha companheira, mas só confirmei no dia que tive que ficar na sua casa por alguns dias, semanas antes de me transformar.

—Você passou esse tempo todo sem falar nada? Eu merecia saber, se você não sabe, um laço de companheirismo é entre duas pessoas e não só uma.– elevo um pouco a minha voz e me afasto dele quando o mesmo ameaça a se aproximar.

Preciso ficar em uma zona segura!

—Eu sei que errei. Porra eu errei muito! Mas precisava, eu precisava saber que alguem iria gostar de mim por quem eu sou e não somente por causa de um laço que me obriga a passar toda a minha vida ao lado de uma pessoa!– os seus olhos não desviam do meu em nenhum momento, me deixando sem reação.

—Eu...– não consigo formar nenhuma palavra coerente depois do que acabei de ouvir.

Ele tem razão, ele me fez se apaixonar sem nenhuma interferência do laço de ligação.

—Sei que não estou te deixando pensar, deveria te dar o seu tempo, mas não consigo, sou completamente egoísta e não consigo ficar longe de você!

Em um piscar de olhos ele vem na minha direção, mas dessa vez não me afasto, não fujo. Sua mão aperta minha cintura e a outra puxa minha nuca para perto dele, selando os nossos lábios em um beijo necessitado.

As sensações que antes eu tinha com cada toque dele se amplia cada vez mais, me deixando em êxtase. Não consigo pensar em nenhum segundo de o afastar, de impedir essa aproximação. Isso é tudo que eu quero ter, o Dylan é tudo que preciso, o seu toque, o seu cheiro, o seu beijo, não consigo pensar na hipótese de ficar sem cada detalhe dele.

Ao separar os nossos lábios, o sorriso dele me atinge com força, me deixando desnorteada com tamanha beleza iluminada pela luz lunar, os seus olhos esverdeados se fixam nos meus, fazendo com que o meu corpo tenha um leve tremor que logo é abatido pelas suas mãos nas minhas coxas, me suspendendo e impulssionando para que passe elas ao redor do seu quadris, me prenssando em alguma parede do meu quarto, lembro-me que ainda estou de toalha, mas nesse momento não sinto vergonha, só aprecio cada toque dele sobre o meu corpo.