Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)

Capítulo 20.

Sem nem mesmo bater na porta, abro a mesma que estava encostada segundos atrás. Sem fazer nenhum barulho, vou na direção da minha mesa que divido com o Pietro, que está nesse exato momento segurando a risada por me ver desesperada para não ser pega. Alguns alunos estão escrevendo algo que a professora rabugenta está escrevendo no quadro, pelo menos nenhum me deduraram, a unica que faria isso era a Camila, mas ela não está presente hoje.

Ainda bem que a professora não me viu chegando atrasada, se não teria que ouvir muito por isso.

Me sento lentamente na minha cadeira e coloco a mochila atrás dela, assim que faço isso me viro para o lado, na direção do Pietro.

—Onde você estava?– o Pietro sussurra olhando para mim.

—Estava ajudando o Thomas a conhecer um pouco do colégio!– respondo no mesmo tom que ele.

—Espera, quem é Thomas?– ele eleva um pouco a voz e eu olho rapidamente para a professora que parece não ter ouvido nada.

—Um garoto que eu quase fiquei na festa do Dylan!– bato em sua coxa direita por fazer a gente quase ser pegos.

—Sabia que sua mão é pesada? E por que sou o último a saber das coisas?– sorrio ao observar os seus labios se contraírem em um bico de indignação.

—Aconteceu tanta coisa que acabei esquecendo de te falar.

—Calma aí, foi ele que ganhou uma surra do Dylan?

—Foi, aquele idiota sempre estraga tudo.

—Você sabe que nem sempre isso acontece!

—Que seja. Mas mudando de assunto, não estava te achando para te apresentar ao Thomas!

—Cheguei cedo hoje para terminar a atividade de Física.

—Ah, então apresento vocês na hora do intervalo.

—No intervalo não vai dá, vou ficar com a Stella.

—Finalmente tomou atitude. Vai com tudo, garotão!

—Emilly e Pietro, vocês não querem compartilhar a converssar com a sala?– me viro rapidamente para frente ao ouvir a voz da professora.

—Não professora, esses assuntos é só nosso!– Pietro responde calmamente.

—O que seria mais importante do que a atividade de biologia?

—Melhor não descobrir professora, é constrangedor!– abaixo a minha cabeça para a professora não perceber que estou rindo da situação.

—Quero os dois calados e prestando atenção no quadro! Você não gostaria de levar duas observações, né Emilly? Já basta ter chegado atrasada.– engulo em seco e começo a pegar os meus matérias na mochila.

Que professora chata!

(...)

Finalmente o sinal tocou, já estava com câimbra por ficar sentada por duas horas seguidas sem poder ir no banheiro, ja que a professora não me deixou sair só porque cheguei atrasada.

—Pietro, você se encontrou com a Iza hoje?

—Encontrei sim, provavelmente ela deve estar com o namorado!- observo as suas feições, o seu olhar para ser mais exata, tentando achar alguma faísca de incomodo ou chateação, mas não encontro nada.

—Queria está como ela, não vejo a hora de completar os meus dezesseis anos.- falo guardando os meus matérias na mochila.

—Mas você pode chegar na maioridade e demorar para encontrar o seu companheiro, talvez meses ou anos.

—Para de ser pessimista!

—Só estou cogitando algo que pode ou não acontecer, eu já completei os meus dezesseis anos e ainda não encontrei a minha companheira!– ele fala como se não estivesse ligando de fato para isso.

—Ou companheiro!– falo para tentar provocar um pouco ele, que funcionou.

—Cala a boca, vai ser mulher, não sou gay.

—Lembra do Eric? Você beijou ele uma vez!– falo o que de fato aconteceu há dois anos atrás, em uma festa que infelizmente eu fui e presenciei esse momento.

É constrangedor você sem querer empatar o seu melhor amigo quando ele está beijando alguém. Mas confesso que adorei, melhor que filme.

—Só foi uma vez e eu não sou gay!

—A palavra BI no LGBT serve para quê?

—Mesmo assim! Não sou BI ou gay, sou Hetero!

—Essa fase de negação ainda vai passar!– falo rindo e saio correndo da sala para não ganhar uma livrada.

Vou correndo na direção da cantina e começo a procurar o ruivinho, vulgo Thomas, por todos esses adolescente. O que não foi uma tarefa difícil, ele estava sentado em uma das mesas no fundo, comendo sozinho.

Corro pra perto do balcão onde fica as comidas, compro um sanduíche e um suco para mim, ando rapidamente para perto de uma das cadeiras vagas na sua mesa e me sento, logo atraindo a sua atenção.

—Como foi o seu primeiro dia de aula quase no final do ano?– pergunto começando a comer.

—Até que não foi tão estranho quanto eu imaginei, já que estou passado de ano, não tive que me preocupar para pegar as atividade.

—Acabei de me lembrar que esse vai ser o seu último ano do colegial, depois disso vai fazer faculdade?

—Pretendo fazer uma de design!

—Gostei! E já fez alguma amizade?

—Até que fiz com um garoto bem descontraído.– ele fala sorrindo na minha direção.

Olho para o lado no mesmo momento que a Iza se aproxima da nossa mesa.

—Estava te procurando!– ela fala se sentando no meu lado.

—Ah, quero te apresenta o Thomas, Thomas essa aqui é a Iza e Iza esse é o Thomas.– sou péssima em apresentações, acontece.

—Ele é aquele ruivinho gostoso que você me falou?– na mesma hora que ela solta essa frase eu sinto uma vontade enorme de me enterrar viva.

Será que existe alguém mais sem noção que a Iza?