Dylan...

Ele deveria estar aqui...ele prometeu!

—Tenta andar, Emi, vamos te tirar daqui!

Tento dar passos para frente, mas acabo tropeçando e quase caio no chão se não fosse pelas mãos do Stefan, só que eu iria preferir muito mais uma queda do que o toque dele na minha pele.

—Está machucando ela!

—Eu não sei o que fazer!

—Temos que tirar ela daqui rápido!

—Vai doer, Emilly, mas juro que vou tentar ser rápido!– olho confusa para o Stefan, mas logo percebo o que ele irá fazer.

Mordo o meu lábio inferior, tentando não gritar de dor quando ele me pega no colo e corre entre as pessoas. Sinto o gosto de sangue na minha boca e a dor passando por cada parte do meu corpo. Quando ele passa por uma porta de trás da boate, a música vai desaparecendo conforme ele ia se afastando, ele me põe no chão e caio com tudo na grama verde.

Olho para o lado e percebo a Iza vomitando perto da porta e o Stefan vai correndo ajudar ela que nega com a cabeça, olhando para mim ela diz para me ajudar, mas sei que não tem como me ajudar, não tem como evitar uma transformação. Meus pais disseram que estariam aqui, ele disse que estaria aqui, mas nenhum deles estão.

Lágrimas escorrem pelo meu rosto ao sentir algum osso das minhas costas se quebrando, tento regular a respiração ao ouvir a voz dele.

—Lobinha, estou aqui, vai ficar tudo bem!– a voz dele saem em um tom calmo e eu aperto os meus olhos ao sentir mais uma dor vindo.

Suas mãos acariciam a pele da minha bochecha, mas diferente das outras vezes, não sinto ela ardendo, pelo contrário, o seu toque me trás uma sensação estranha para o meu corpo. Minha visão fica turva, desfocada ao sentir mais lágrimas escorrendo pelos meus olhos, formigamentos passam por cada parte do meu corpo, a dor estar se tornando tão insuportável que acabo mordendo com força o ombro dele, sentindo minha presa perfurar a sua pele e o gosto metálico escorrer pelos meus lábios.

Em vez de me afastar, ele me aperta em seus braços, acariciando o meu couro cabeludo com os seus dedos. Rapidamente paro de morder ele ao perceber que estou descontando a minha dor nele, e que de alguma forma, a dor agonizante que estava sentindo diminuiu, está mais lenta e aguentavel.

Com a respiração inrregulada, aproximo o meu rosto na curva do seu pescoço ao sentir um cheiro atraente ficando mais forte. É completamente difícil tentar distinguir esse aroma com qualquer outro que eu já senti, ele é tão peculiar, inerente de qualquer outro que faz com que cada célula do meu corpo se agite, trazendo uma sensação de fagos de artifício explodindo dentro de mim.

Um nó na minha garganta começa a se formar, as minhas lágrimas escorrem por todo meu rosto, me fazendo soluçar e o choro aumentar. Minha respiração está entrando no meu pulmão com dificuldade, me inibindo apenas com esse aroma que faz uma pontada no meu peito aparecer.

Me desculpa, por favor não chora!– o meu choro só aumenta ainda mais ao ouvir a sua voz, ao sentir o efeito que ela está fazendo em mim.

Ele sabia!

Me afasto lentamente do pescoço dele, procurando os seus olhos que estão fechados, levo a minha mão trêmula na direção do seu rosto.

—Abre!– sussurro.

Sem contestar, ele abre os olhos, as íris avermelhadas se encontram com a minha amarelada, me fazendo tremer dos pés a cabeça ao passar os nossos momentos na minha mente como se fossem flashbacks.

Meu/Minha.

Estremesso ao sussurar aquelas palavras que são impossíveis de impedir nesse exato momento e isso faz com que minha fixa caia completamente ao ouvir elas também saindo da boca dele, ao mesmo tempo, na mesma sintonia.

Sinto meu pulso direito arder levemente e olho para o mesmo, onde está se formando duas letras com uma caligrafia artística perfeita em uma coloração preta. Duas inicias que são impossíveis de ser removidas, D.H.

Dylan Harris, minha alma gêmea!

Desvio meu olhar do meu pulso e dou passos para trás, saindo dos seus braços, e logo em seguida, a dor da transformação volta com tudo.

—Não faz isso, não se afaste!– nego com a cabeça ao ouvir ele falar, lágrimas saem do seu rosto e isso está me machucando de uma forma que não sabia que poderia sentir.

—Por quê? Por que não me contou?

Começo a dar mais passos para trás ao perceber ele se aproximando, mas acabo se chocando com uma árvore, que faz com que eu me afaste dela rapidamente ao sentir minha pele queimando.

—Não fuja de mim, por favor, isso está machucando!– o soluço pelo choro que veio depois de sua fala me faz se sentir péssima, querer lhe abraçar, lhe dizer que está tudo bem, mas não está.

Me desculpe...

Sem olhar para trás, tento me distanciar dele, mesmo que o meu corpo queira o contrário, preciso pensar, só preciso fazer isso, mas nesse momento está sendo difícil de pensar enquanto meu corpo está se modificando...

《 Notas da autora.》

Oii, tudo bem?

Esses dois capítulos que eu postei estar maior do que eu esperava, me esforcei bastante fazendo eles, mas estou um pouco insegura se vocês irão gostar mesmo deles, sinto que estou enrolando demais.

Próximo capítulo irá ter Hot, então quem não gosta desse conteúdo é só me avisar para eu poder colocar um aviso antes de acontecer a cena.

O capítulo 42 está pronto, pois estou sem aula por esses dias e está facilitando para escrever novos capítulos para vocês. Ah, o próximo capítulo está com 2500 palavras, o maior que escrevi.

Capítulo bônus do Thomas e Pietro irá sair depois do capítulo 42, estou muito animada para fazer um bônus deles!

Até a próxima atualização, beijos e se cuidem!

Meu Companheiro Inesperado I (EM REVISÃO)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora