Capitulo 2 - Corinthiano

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Bakugou

Era madrugada, lá pra umas 3 horas. Estava exausto pedindo arrego, fiquei tempo demais sem beber um gole de uma porra de uma água! Suspirei aliviado avistando o portão da minha casa onde embiquei a moto, descendo da mesma vasculhando os bolsos para pegar as chaves.

Os cachorros malditos da vizinha começaram a latir ao ouvirem o som do escapamento. Quase mandei um "CALA A BOCA PULGUENTOS DE MERDA" com aquele meu tom de voz moderado (que já é alto pra caralho, admito) e sei que se fizesse, a velha corcunda dessa casa sairia com aquela puta carranca e tacar a chinela em mim por acordá-la e por xingar os "filhinhos" dela. E me conhecendo bem, sei que tacaria a chinela nela de volta que viraria uma treta escandalosa e a merda tava feita! Eu ia acabar me estressando mais ainda e ia perder mais do que já tinha perdido de tempo de sono.

Me limitei a apenas mostrar o dedo pras bolas de pelo e entrei em casa. Amanhã, estando eu descansado, ia achar esses pulguentos fofos, mas agora tô putasso com eles.

Ô dor de cabeça do caralho!

Sexta-feira à noite é quando mais solicitam motoboy até altas horas da madrugada. É pizza pra cá, comida chinesa pra lá, até bolo essas praga pedem pelas DUAS FODENDO HORAS DA MANHÃ. O doido é que tem estabelecimento aberto sim a essa hora! Paulista é tudo louco mesmo! E são justamente os estabelecimentos que mais tem vaga pra motoboy disponível, POR QUE SERÁ, NÉ?!

Como eu tô quebrado, claro que eu acabo topando fazer essas porras. No mínimo era mais bem pago do que os de período diurno.

Mas agora está tudo sussa, suave, já tô em casa, apoiei minha CG no pézinho e fui rumo à porta não passando despercebido uma bike vermelha ali caída no chão da minha garagem. Isso só podia significar que o cabelo de merda tava na minha casa pra atrapalhar a minha paz!

- Ohhh, finalmente voltou, disgraça! – ELE FALANDO ANIMADASSO COMO SE A CASA FOSSE DELE! E o sotaque animado de baiano dele mostrando que estav sem um pingo de sono. Mereço.

- E você, meu?! Tá fazendo o quê aqui ô praga?! – Perguntei largando minha mochila no chão e indo direto pra cozinha.

- Tua mãe me deixou entrar, ué! – Ele riu todo animado assistindo a MINHA televisão, com os pés em cima do MEU sofá, bebendo o MEU guaraná. Esse puto vai me comprar outro!

- Ô velha maldita... Mas que porra! Ela nem mora aqui e vai deixando gente entrar assim?! – Caso tenha ficado meio confuso, é que a garagem é a mesma, mas são duas casas diferentes. Meus pais moram na do lado e eu moro aqui sozinho, então, bem dizer, quem batesse no portão deles, estaria batendo no meu também. E como de costume, essa praga chamada Kirishima costuma brotar aqui facilmente já que mora na rua de trás.

- Oxi?! Que "gente" o quê, miséra?! Aqui é o teu m-e-l-h-o-r a-m-i-g-o!

- Seu cu!!

Bufei putasso enquanto punha um montão de água no copo e virando de uma vez. Ahh... Finalmente algum refresco neste dia fodidamente exaustivo! Minha boca tava seca demais! Bebi vários copos seguidos antes de subir pra tomar um banho. Ao passar pelo ruivo, dei um pedala forte na cabeça dele.

- Vai me comprar outro guaraná, você acabou com a minha garrafa!

- Mintira! Já tava no finzinho isso aí quando eu cheguei! – Respondeu sem tirar os olhos da TV enquanto massageava onde eu tinha batido.

- Não era pra você tá dormindo não, ô praga?! – Gritei de lá do banheiro, nem me importei em fechar a porta. No mínimo o ruivo sabe que se entrasse ali, levaria uma surra toalha molhada bem no meio do brioco! Enfim, tirei as roupas e fui pra debaixo da água quente. Ô delícia... finalmente uma fervura forte pra amaciar meus músculos tensos. Eu estava mais tenso do que o normal, puta merda!

Diz Pra Mim | BakuDeku | Место, где живут истории. Откройте их для себя