I know

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Josephine Point Of View

Acordei com uma gritaria, olhei para o lado e Hero não estava. Merda. Levantei rapidamente e peguei um roupão no banheiro e o vesti, apenas para não descer de cueca.

Abri a porta devagar e caminhei em direção a escada.

— Eu já disse pai. Se você ousar, ou melhor, se sonhar em colocar um dedo no fio de cabelo da Josephine, eu acabo com você. — O que?

— Nós tínhamos um plano Hero. — Interrompeu.

— E ainda temos. Mas eu preciso cuidar dela agora. E quero que cuide da sua vida a partir de hoje. — Hero disse.

— Tudo bem. Depois não diga que não avisei. — ouvi sua risada debochada.

— Eu já disse para cuidar da sua maldita vida. — Hero rosnou.

Senti uma mão em meu braço e quase me desequilibrei.

— Não pode ficar aqui senhorita, vamos. — a mulher disse me puxando de volta para o quarto. — Gostaria de algo para comer? — perguntou enquanto entramos no quarto.

— É... — meu estômago roncou e fez com que ela soltasse uma risada.

— Vou preparar algo, fique aqui para o seu bem. — disse e saiu.

Que merda de plano é esse? Hero estava me usando?

Meus pensamentos foram interrompidos pela porta sendo fechada e revelando Hero.

— Você está melhor? — perguntou se aproximando.

— Estaria se me contasse qual é o plano para mim. — disse e ele ficou pálido.

— Não é o que... — o interrompi.

— Não estou pensando nada Hero. Eu ouvi você e seu pai conversando. — falei e sua expressão mudou.

— Desde quando você acha que pode sair por ai passeando pela minha casa e ainda ouvir conversas dos outros? — apertou meu braço com força.

— Me solta, inferno. — puxei meu braço mas ele não me soltava. — Me leva para casa.

— O quê? — disse confuso e soltou meu braço.

— Eu quero ir para casa. Agora. — disse enquanto dava as costas para ele e ia em direção ao banheiro.

— Você não pode ir, Josephine. — disse.

— Posso sim.

— Não, caralho. Não pode. E você não vai. — disse com raiva.

— Ah é? E por quê não, Hero? — o encarei.

— Ele vai te machucar.

— Ele não seria capaz. — disse.

— Você não o conhece, Josephine.

— Não! Eu não conheço você! Eu conheço o meu pai, ele não seria capaz disso. — disse agora já gritando.

— Tudo bem. Vou te levar para casa. — disse e saiu do quarto, me deixando sozinha ali.

••••

— Obrigada pela carona. — disse enquanto descia da moto, tirei o capacete e lhe entreguei.

Eu não esperava uma resposta, não trocamos uma palavra sequer desde que pedi para me trazer de volta para casa.

Os seguranças me viram e abriram o portão imediatamente. Olhei para trás e Hero ainda estava ali, esperando que eu entrasse ou que talvez eu mudasse de idéia.

Um flash da noite passada veio na minha cabeça e senti as lágrimas descendo pelo meu rosto, dei um passo para trás. Imagens de Tomás ensanguentado e quase morto na minha cama tomaram posse da minha mente. Eu já não conseguia me mexer e só senti um par de mãos me puxando.

— Diga, Josephine. Você só precisa dizer. — A voz de Hero ecoou na minha cabeça enquanto seus braços me prendiam em um abraço.

Vi alguns seguranças se aproximando com armas e por um segundo temi que acontecesse o mesmo com Hero.

— Me tira daqui. — sussurrei, mas já foi o bastante.

Hero me soltou e subiu novamente em sua moto, me entregando o outro capacete. Dei uma última olhada para trás e subi rapidamente. Hero deu partida e logo vi grande parte dos seguranças no portão nos encarando.

Ele vai vir atrás de mim.

••••••

Demorei, mas voltei. Estou ainda com um bloqueio de escrita por isso o capítulo pequeno, mas vou tentando atualizar aos poucos. 🤍

Dangerous Where stories live. Discover now