Shadow Kiss

Único

Esta é uma songfic. A música usada para compor a mesma se chama Shadow Kiss do grupo japones de música pop mesemoa.

Off Jumpol e Gun Atp são pessoas reais e trabalham desenvolvendo um ship entre os dois, todas as coisas escritas neste texto são ficção de fã para fã

"kono kisu no yukue wo sagashi ni yukou

Vamos encontrar o resultado desse beijo"

Um mergulho em lugar nenhum. Meu corpo estava imóvel e em terra firme, mas aquela sensação persistia.

Uma experiência extracorpórea conduzia pela a união simplória de duas bocas. Lábios, língua e saliva. Sentimentos, desejos e aquela agradável ilusão.

Mergulhados em um oceano profundo. Inertes em águas calmas permitindo-se serem levados por uma correnteza suave.

Era como sentir a bruma agradável percorrer por todo o corpo em cada movimento daquela língua sobre a minha. Sentindo uma parte tão pequena de outro corpo mostrando seu supremo poder em controlar o meu próprio.

Era bom. Era desejado por ambos. E era proibido.

Não. Proibido não, era errado.

Um mergulho em águas profundas muito desejado e guiado pelos anseios de um coração ansioso. Então sob as águas deste mar prazeroso os olhos abrem, mas não encontram a beleza delicada da vida marinha.

No lugar disto existe um mundo invertido e quando você emerge dele aquele salto dado pelo coração é finalmente revogado pela cabeça. O cérebro cobra coisas que o coração se esquece de e a consciência grita mais alto que o bater severo das ondas contra grandes rochas.

"Kiss

Beijo"

Não podemos. Não podemos.

É simples e fácil. Tão fácil de enxergar quanto à linha do horizonte que separa o céu do mar.

Um último suspiro para ativar a memória. Um erro ou não, queria guardar comigo o gosto, a textura e o calor daquele beijo especial.

Queria lembrar como era sentir o calor de nossos corpos sendo conduzidos por aquele ato proibido. Os dedos abertos das minhas mãos formando um encalço na base do crânio do homem que me beijava tão profundamente e acima de tudo, queria me lembrar de como meus pés não tocavam o chão, porque os braços longos estavam firmemente em volta do meu corpo e o mantinha acima do chão; na sua altura.

Consciente, o erro se fez latente e aquele oceano que era só desejo agora parecia ser a força que eu tinha que conter como um grande bolo em minha garganta. Não me lembrava de quem de nos dois que tinha iniciado aquele beijo.

Não importava. O início não mudaria o final. E como se fosse apenas o desfecho prematuro de algo naturalmente muito bom, assumi o controle de tudo e conduzi aquele beijo para o final.

– Não podemos. – repeti em voz alta aquele aviso mental.

– Desculpe-me. – pediu procurando por alguma outra coisa para olhar que não fosse eu.

– Não peça desculpa. – era estranho falar daquela forma...

...Não era o tom doce que usava sempre que a frase dita começava ou terminava com "papii".

...Não continha o respeito esperado ou obtido quando Pi Off era o seu amável e protetor sênior.

Aquele pedido de desculpas era construído apenas com palavras ditas de forma vulgar e eram estranhas simplesmente por isto.