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Buenos Aires, Argentina.
Verão ─ 2020.

Tini point of view.

Meu despertador gritava numa altura indescritível, talvez fosse porque quando eu finalmente consegui dormir, já era 6h00m. Levantei com certa pressa, não que eu estivesse atrasada, pelo contrário, levantei 6h30m para que tudo saísse bem.

Tomei o café feito por mim, acho que nunca me saí tão bem como hoje. Catherine e eu estávamos prontas para o nosso primeiro dia de estágio na empresa Blanco's em Buenos Aires, por enquanto, estava tudo correndo bem.

─ Será que devem ter secretários bonitos por lá?

─ Cath! ─ murmurei risonha.

Iríamos de carro, meu pai finalmente conseguiu liberar a minha carteira, me facilitou. O trânsito estava um pouco "lotado", era horrível nas segundas e eu estava esperançosa de que ele colaborasse.

Um carro começou a buzinar atrás de nós, revirei os olhos e continuei na expectativa de algum carro andar e o de trás insistia em buzinar.

─ PASSA POR CIMA! ─ foram minhas palavras antes de mostrar o dedo para ele e logo ele passou perto de nós com o vidro abaixado.

─ Você está com a seta ligada e na faixa errada. Ou seja, contramão. Cuidado pra não perder a carteira.

Ele disse com uma das mãos para fora do carro e seguiu. Olhei para Cath um tanto irritada, não fazia odeia quando essas drogas de faixas eram aplicadas.

Chegamos com apenas dois minutos de atraso, o Sr. Blanco entendeu nossa situação pois também pegou um belo trânsito cedo.

─ Estamos muito agradecidas pela oportunidade, não faz ideia de como isso é fundamental para o nosso desenvolvimento.

Cath disparou nos agradecimentos, podemos ver o quão animado ele também estava.

─ Bem, irei distribuir vocês duas em cada cômodo. Catherine, você ficará com Renan, meu filho mais novo, e Martina... ─ ele parou alguns segundos e encarou a ficha. ─ Você ficará com meu filho mais velho, Jorge. Madeline, chame Jorge, ele já chegou?

─ Já sim, Senhor!

─ Estou aqui, pai.

Jorge se aproximou de nós, mas antes disso, seu perfume já havia chego. Meus olhos arregalaram pelo susto do qual eu havia tomado e Catherine no mesmo momento percebeu.

─ Garota da seta. ─ ele murmurou.

─ Já se conhecem? ─ sr. Blanco perguntou confuso.

─ Não. Me enganei.

─ Meninas, podem ir, espero que se sintam confortáveis.

Depois disso, acompanhei Jorge até seu escritório, pensando em mil desculpas.

─ Olha, me perdoa, fazia tempo que eu não dirigia e essas faixas me confudem...

Ele tapou meus lábios com o indicador.

─ Você é um perigo nas ruas.

Foi apenas isso, e então, ele se sentou.

Made in the Madrid || Jortini. Where stories live. Discover now