Anos Luz.

01.

Tenho uma irmã de 17 anos, na qual é minha melhor amiga. Eu não vivo sem.

Tenho primos maravilhosos que também são envolvidos no mundo do crime, e o pai deles? Morreu salvando a vida do meu pai em um confronto.

Trabalho em um bar lá do morro.

Senhor coringa é rico e já falou que não preciso trabalhar pois me dá tudo oque eu quiser. Mas gosto de sentir oque é ser independente e conquistar as coisas com meu suor sabe?

Pato: O mais gostoso dessa família chegou - tirou a blusa fazendo graça e meu pai olhou pra ele com cara de deboche.

Coringa: Oque esse cara de cu tá fazendo aqui Gabriela? - cruzou os braços me encarando. Dei risada.

Pato: Eu sei que você me ama coringuinha - apertou as bochechas do meu pai e ele bateu na mão do Lucas com tudo - E aí amor - me deu um selinho.

TH: O mais amado de todos acabou de chegar - meu tio chegou fazendo graça e eu pulei no colo dele pra abraçar e caímos na areia. - Calma sua baleia.

Gabi: Que saudade de você padrinho - enchi o rosto dele de beijo. Percebi a olhada feia que Lucas me deu.

Fabinho: Sai do colo do meu pai sua rinoceronte. - um dos meus primos que chegou junto de TH falou.

GP: Tá matando ele, ó como meu pai tá roxo - deu risada enquanto eu ainda tava montada no meu tio e abraçada com ele.

TH é meu padrinho, amigo do meu pai desde pequenos, na verdade, meu pai sempre foi mais velho que TH.

Ele meio que pegou o Thiago pra criar quando ele era menor. Meu pai é uns 17 anos mais velho que ele.

Quando o pai dos meus primos morreu, TH pegou eles pra criar. E desde então GP e Fabinho que são gêmeos foram criados pelo meu padrinho Thiago, já que a mãe deles só serviu pra parir e ir embora.

Pato: Gabi vem aqui - me chamou de canto, sai do colo do meu tio e fui na direção dele.

Gabi: Oi - disse limpando a minha bunda que tava cheia de areia.

Pato: Quantas vezes vou ter que falar que eu não gosto dessa sua intimidade com o TH? - falou baixo no meu ouvido e eu parei de me limpar imediatamente achando aquilo um absurdo. Ele odiava meu padrinho sem motivo e meu padrinho odiava ele.

Gabi: Você deve estar de brincadeira né - neguei com a cabeça - Sempre fomos assim um com o outro, não vem com esses papo torto não - sai dando as costas pra ele.

GP: Aí Gabi, baile hoje? - perguntou bebendo cerveja.

Gabi: Quando é que eu perco um baile fio? - demos risada.

Fabinho: Funkeira nata essa daí - concordei com a cabeça rindo.

Coringa: Bebezinho de papai vai ficar grudada o tempo todo comigo no baile, né filha? - falou fazendo carinho em meu cabelo.

Gabi: Eu em sai fora, gosto de grude não. Vou é raspar a tabaca no chão junto com a minha friend. - fiz toque com a minha irmã.

Pato: Tchau pra vocês, até daqui apouco rapaziada - bateu na mão de cada um, inclusive na do th. Passou reto de mim como se eu nem existisse e eu fingi que nem vi.

Ele deu as costas e saiu andando.

Carol: Já brigaram né? - perguntou pra mim e concordei. Enquanto vi TH negar com a cabeça em meio a reprovação.

Gio: Vou no mar - levantou e pois aquele corpão dela pra jogo.

Gabi: E eu vou no quiosque comprar alguma coisa pra beber - levantei.

TH: Vou contigo - levantou e grudou na minha mão.

Fomos andando em silêncio como se fossemos um casal de mãos dadas. 

Gabi: Vai querer alguma bebida? - perguntei quando estavamos próximo do quiosque.

TH: Fala oque vc quer que eu vou lá comprar - me olhou.

Gabi: Skol Beats, aquela azul. - ele murmurou um tá bom - Te espero aqui fora - ele deu um beijo na minha cabeça e entrou pra comprar.

Meu celular tocou e eu atendi.

Mas não consegui escutar oque estavam falando na linha, a música do quiosque tava alta.

Me afastei um pouco e fui pra calçada pra tentar ouvir melhor.

Em menos de dois minutos olhei pra trás e vi TH saindo do quiosque e me dando o sorriso mais lindo enquanto eu tava com o celular no ouvido.

Ele ficou sério do nada.

TH: GABI CUIDADO - gritou, derrubou as bebidas no chão e começou a correr na minha direção.

Por questão de segundos eu senti meu corpo ser puxado com tudo.

Quando eu percebi eu estava dentro de um carro cheio de homens apontando armas pra mim.

Comecei a me debater quando senti colocarem um pano no meu nariz, um minuto depois eu senti meu corpo mole e com certeza eu iria desmaiar.