Encarou Sam em desafio, recebendo nada mais que um revirar de olhos como resposta.

— Devia tirar a jaqueta também... — Ele apontou analisando Bucky dos pés à cabeça.

— Joga logo, Sam. — Bucky retrucou impaciente.

O boné não era grande coisa, mas a jaqueta ainda era essencial, mesmo que a camisa por baixo dela fosse de manga comprida o braço de vibranium ficava perfeitamente delineado nela. Seria abusar muito da paciência de todos os soldados ao redor.

— Então... — Sam se curvou para dar uma tacada que não pareceu sair como planejado. — Você não chegou a mencionar se tem alguém importante na sua vida agora...

— De novo isso? — Bucky suspirou, analisando a mesa para achar o melhor posicionamento.

— Mas tem? — O outro insistiu com um sorriso suspeito.

Certamente era sobre a garota no bar, Bucky pensou sem muito ânimo. Não tinha nada errado com ela, ele apenas não estava interessado nesse tipo de coisa, não mais.

Talvez em outra época tivesse sorrido para a moça e dito algum gracejo, mas essa época tinha ficado para trás...

— Não tem ninguém. — Bucky respondeu apenas, se concentrando em seu jogo.

— Nem a garota do celular? — Sam perguntou e Bucky errou a tacada completamente.

Ergueu os olhos, a respiração alterada, a mente se enchendo de perguntas e probabilidades. Como ele sabia que era uma garota no celular?

Sam abriu um sorriso totalmente culpado e deu alguns passos para trás, como se já calculasse uma rota de fuga.

— O que você fez, Wilson? — Bucky perguntou, tentando não soar tão ameaçador, o que certamente não deu certo.

— Eu não tenho culpa se você não bloqueia o seu celular. — Sam se defendeu, erguendo as duas mãos em rendição.

Bucky sentiu que hiperventilava, apoiou as mãos na mesa de sinuca e a madeira rangeu sob o aperto do vibranium, fazendo com que ele lembrasse de onde estava...

Não devia ser nada demais. Sam leu umas mensagens. Só isso. Certo?

— O que você exatamente você fez? — Tornou a questionar, tentando manter o autocontrole e a sensatez.

— Relaxa, não pedi a garota em casamento por você... — Sam riu, como se fosse nada demais. — Só convidei ela pra vir aqui no bar.

— O que?! — A voz alterada de Bucky atraiu alguns olhares e ele conteve o desejo assassino que corria em suas veias.

Se limitou a pegar o celular no bolso, vendo que Sam se mantinha a uma distância segura, do outro lado da mesa de sinuca.

— Ela não sabe quem eu sou. — Silabou, quase falando consigo mesmo. — E todo mundo aqui sabe...

Não havia nada nas mensagens. Provavelmente Sam tinha apagado, o que era ainda pior, porque Bucky não fazia ideia do que responder para que Savannah não viesse.

— Você precisa mesmo relaxar, ninguém vai dizer nada. — Sam opinou e Bucky sentiu vontade de socar a fuça dele.

— Ela vai saber quem você é, assim que olhar pra você... — Retrucou irritado, considerando saltar sobre a mesa e matar Sam.

A última coisa que queria era Savannah naquele meio, era que ela soubesse quem ele era...

Que tipo de reação ela teria? Ela nunca vai me perdoar por isso... Foi a primeira coisa que a mente de Bucky lhe respondeu,

INVERNO ARDENTE | Bucky Barnes ✓Where stories live. Discover now