Capítulo 7

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- EU VENCI!

Assim comemorou o grande Caçador ao ver seu inimigo no chão imóvel. Tinham sido dois dias inteiro correndo dele. Um dia de muito sangue, mas muito sangue mesmo. Muito suor. E, claro, que muita adrenalina. Ele apenas conseguiu sorrir enquanto ficava deitado no chão da floresta com os braços esticados vendo o sol aparecer após a tempestade.

Querem saber como ficou a floresta? Então deixa eu contar como ela ficou. Tinha uma grande quantidade de árvores derrubas e queimadas. Acho que um terço tinha sido destruído nessa luta. O chão continha muitas maças, patas de Darknus. Em alguns pontos via-se fumaça. Alguma árvore ainda pegando fogo. Enfim, a floresta estava uma zona que só. Ninguém iria reconhecê-la.

Igezor Kaiterin ficou deitado por quase duas horas. Nesse intervalo de tempo ele acabou dormindo um pouco. Nada mais digno do que nosso herói descansar um pouco após essa luta monstruosa. Quando ele acordou ele pode sentir todo o cansaço e dor da luta. No momento de ação, a adrenalina não deixa que ele dê muita atenção para isso, mas após o combate e o descanso fica claro a exaustão da pessoa. O corte doía, as costelas quebradas doíam, onde Darknus tinha acertado as asas doíam. Tudo nele doía. Cada parte e músculo do corpo.

Depois de descansar ele decidiu se erguer para voltar a cidade. No mínimo a população deveria estar toda preocupada com o que acontecia no local do confronto. Todos deveriam ter escutado a devastação feita na mata. Ele levantou com certa dificuldade devido as costelas quebradas. Recolheu a Retalhadora e colocou-a na bainha. Entretanto, no momento em que ele ficou em pé de costas para Darknus os pelos da nuca ficaram eriçados. Quando ele sentiu esse arrepio ele se virou na mesma hora para trás e viu uma calda negra vindo em sua direção. Isso não tem fim? pensou o Caçador.

- Irgnas faltum: zerta! – Kaiterin disse rapidamente fechando os braços. Ele tinha conseguido invocar uma aura muito rápido e apenas os braços. E a aura não estava estável. Ele tomou mais dano do que levaria e voou alguns metros longe. Igezor ainda não estava recuperado o suficiente para usar magia do jeito que queria.

A sorte foi que Igezor voou metros sem qualquer árvore no caminho. Tudo já estava devastado. Alguma vez a deusa da sorte tem que ajudá-lo, né?

Quando ele parou no chão com muita dor e mais dificuldade para respirar só viu uma massa preta correndo na direção dele. A vista está borrada pela bancada. Ele não conseguiria sacar sua espada a tempo. Ele não tinha força para alguma magia.

- Então é assim que eu morro? – perguntou em voz alta com um sorriso no rosto. Por quê diabos ele sorriu diante de sua morte? Igezor Kaiterin sempre foi alguém que adora uma boa luta. Essa luta contra o dragão tinha sido a melhor da vida dele. O Caçador ficou feliz com o combate. E ele sempre quis morrer lutando ao invés de morrer de doença.

E outra vez a sorte vem à tona.

Por alguma força divina, ou alguma força sobrenatural, ou alguma força do destino, o dragão parou! Ele simplesmente parou, cara! Assim. Do nada. Igezor apenas ficou olhando com uma cara de "O que diabos aconteceu agora?!".

Após o enorme réptil alado ficar imóvel algo dentro da cabeça de Igezor o incomodava. A dor era pequena no começo, mas ela foi aumentando gradativamente. Enquanto isso Darknus ficava observando seu oponente com os olhos bem fixos. Chegou um ponto de dor que Igezor começou a gritar alto de dor. Algo tentava invadir sua mente só que o Ameaçador lutava com tudo.

- Não precisa resistir. Não te farei nenhum mal – disse o alguém que queria invadir a mente de Igezor dentro de sua mente.

- Saia daqui seja lá quem for você! – ordenou o Caçador em voz alta.

- Eu não conseguirei ir além disso, pois não tenho força para tal ato.

- Quem é você? O que você quer? Onde você está? Apareça! – disse Kaiterin, só que em sua própria mente olhando ao redor para ver se via alguma pessoa próxima deles dois. A única coisa que ele viu for Darknus parado fitando-o.

- Ainda não percebeu, humano? Realmente, vocês são uma espécie com falta de inteligência.

- Espera um pouco... do que você me chamou?

- Além de burro é surdo? Como eu tive trabalho contigo?! Sou uma vergonha para minha espécie.

- Calma aí... você... não é possível... não tem como ser possível. Isso era uma teoria em algum livro. Você fala, Darknus! – disse Igezor em voz alta agora, ficando com os olhos arregalados com essa descoberta.

- Sim, eu sou esse enorme dragão que está a sua frente falando contigo pelas nossas mentes!

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