Talvez você entenda um dia

Beginne am Anfang
                                    

Nos minutos que se seguiram, Cumberbatch reparou em algo que possivelmente mudaria o rumo da batalha que era travada no continente Americano. Quando ele pensou nas HQs do auge de seu personagem e na forma com que Doutor Estranho evoluiu em cada uma delas algumas memorias futurísticas surgiram em sua mente, ele se viu capaz de repetir os feitos mais extraordinários daquele mago mesmo sabendo que o ser em sua frente ainda não estava nem perto de aprende-los. Talvez essa fosse a vantagem que qualquer um dos atores possuía.

Um alto estrondo foi ouvido e, olhando para cima, foi possível notar as ramificações magicas que formavam o escudo se romperem, o que também pareceu provocar uma reação em seu correspondente já que ele agora franzia o cenho como se estivesse sentindo uma profunda dor física. Não era muito prejudicial, no entanto, esse incomodo se refletiu no ator e mesmo assim não foi nada agradável.

Quando Stephen voltou a abrir seus próprios olhos ele não percebeu de imediato o que estava acontecendo, mas pareceu tão doente na percepção de Benedict que surgiu a possibilidade de o mago já estar lutando contra o intruso em seu sistema ou de simplesmente seu núcleo magico estar se esgotando. Sua íris se encontrava parcialmente dourada, seu cabelo bagunçado e havia uma expressão tão cansada em seu rosto que foi uma tentação para seu correspondente lhe oferecer uma xícara de chá e uma cama para repousar. Parecia um terrível resfriado, mesmo que o ser em questão não fosse capaz de contrair esse tipo de coisa.

- Eu estou em algum tipo de lapso temporal? - Strange perguntou enquanto voltava para o chão e tentava focalizar de melhor forma o seu outro eu.

- É um pouco mais complicado que isso. - Cumberbatch encolheu seus ombros, defensivamente. - Uma criatura monstruosa está tentando destruir a raça humana em qualquer alternativa de existência, vocês receberam ajuda do multiverso e eu fui mandado para traze-lo de volta. - Algo próximo ao pavor passou pelas feições do mestre das artes místicas.

- O escudo deveria conter Eternidade... Como percebo que você acabou de desativa-lo presumo que não deu tão certo quanto eu esperava. - Embora notasse a decepção alheia, também lhe parecia palpável a sensação de que o personagem estava se esforçando para achar uma solução que ainda fosse realizável para salvar seu mundo.

- Eternidade não é nosso inimigo. - Em seu rosto ele tentou transmitir o máximo de calma que conseguiu. - Ele estava tentando nos proteger de algo pior.

- Você está começando a perder o sentido. - Desconfiança apareceu pela primeira vez em seu correspondente, talvez anteriormente ele estivesse se apoiando na ligação que claramente possuíam, mas agora havia um motivo para hesitar e para ele não parecia mais seguro abrir brechas para sua versão de algum lugar em um multiverso. Normalmente o Doutor Estranho nunca teria abaixado a guarda por minutos preciosos para um estranho, o que não tornava exatamente ruim seu afastamento.

- Considerando o que sei nesse momento, a entidade está morta ou inativa em algum lugar do espaço, ela não é a principal preocupação por agora. - O comando do outro fez com que seu manto o puxasse para trás. - Você entregou as joias do infinito diretamente para a garota que possuía o Original, agora essa forma está de volta e nem um pouco contente com a nossa espécie. - Essa informação não parecia se encaixar no raciocino do outro, o que provocava mais de sua incredibilidade.

- Não, você está enlouquecendo. - Seu corpo tremia, mas ele não sabia se era pelo frio ou por algum colapso nervo. O homem não se parecia nem um pouco com o mago que conhecia. - Loki... - Ele se lembrou de algo e sussurrou baixinho. - Sim... O deus irritante e trapaceiro... - Stephen voltou a olhar para sua imagem espelhada, forçando uma risada. - Loki, idiota, por um momento você quase me fez acreditar que havia falhado.

Loki - A Profecia Do InfinitoWo Geschichten leben. Entdecke jetzt