Capítulo 01

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Perigo.

Acordei com um balde de água gelada na minha cara, me fazendo despertar rapidamente.

— Meu filho, fala pra mim que você não dormiu aqui. - Meu pai pergunta decepcionado.

Estava deitado no chão do meu escritório coberto de ceda para bolar cigarro.

— Qual foi, precisava disso? - pergunto.

— Filho, bora pra frente, sei que é difícil mas você precisa sair dessa. A Anny precisa de você, Luan tá sem pai algum.

— Foi a última vez. - digo me levantando do chão.

— Vamos, vou te levar pra minha casa pra você tomar um banho, não vou deixar que os dois te vejam desse jeito. - diz me guiando pelos ombros.

Entro no carro do meu pai e ele me leva até sua casa.

(...)

Depois de tomar banho me sento no sofá e ligo a televisão.

Marta como uma mulher foda que sempre foi, me deu comida para me de recompor.

— Você vai sair dessa tá? - beija minha cabeça.

Desde que ela ficou sem Luana e Gabriella e me trata como se fosse seu filho, e acho que por anos sem ter uma mãe, eu considero ela uma.

— De boa. - digo.

O jornal urgente começa a passar na televisão, fazendo meu pai correr para ver e se sentar no sofá.

— Que que tá pegando? - ele pergunta.

Marta faz gesto para ele ficar quieto e o âncora começa a falar.

Âncora : Bom dia, o Presidente dos estados unidos acaba de ser morto a tiros durante uma viagem a Alemanha...

— Ah, não é nada importante. - digo pegando o controle e mudando de canal.

— VOLTA ! - Marta grita e eu volto ao canal.

Âncora : A suspeita do assassinato nada mais é que Gabriella Maldonado, conhecida por ser irmã de Medusa.

A foto da minha irmã aparece na televisão

Âncora: Segundo informações Gabriella foi vista em Washington horas antes do acontecimento. Figuras mitológicas como Medusa, Athena e Cila foram pixados por toda a cidade, confirmando o envolvimento da quadrilha.

Âncora : Os atentados da quadrilha vem se tornando fortes pelo mundo todo, lembrando que Medusa e Gabriella são filhas do criminoso mundialmente conhecido Diego Maldonado e de Marta Maldonado que hoje é gerente do tráfico do Comando da Firma aqui no Brasil.

Fotos de Luana e Gabriella apareciam e eu só conseguia sentir um nó na garganta.

Âncora : Vale lembrar que existe uma recompensa para quem der informações sobre o paradeiro da família. - completa.

  As notícias urgentes terminam volta passar o programa de culinária que Marta estava vendo.

— Gabriella Albuquerque e Marta Albuquerque. - Meu pai corrige frustado.

— Na próxima chega primeiro e assumi a filha, tenho certeza que ela vai ter seu sobrenome não do falso pai. - digo rindo.

Jogo o controle no sofá e fico olhando para a televisão.

— A Gabriella... Nunca pensei que ela entraria nessa. - Marta diz decepcionada.

— Se sua filha não fosse tão manipuladora, acho que nossa filha estaria conosco. - Meu pai alfineta e Marta vira um tapa na cara dele me fazendo gargalhar.

— Você larga a mão de falar da Luana você tá entendendo? Não esquece que se ela é o que é hoje é culpa sua. - Diz brava e eu rio baixo.

— E você também. - da um tapa na minha cabeça.

— Pra ajudar tinha que trair ela depois de tudo. - joga meu nome.

— Meu Deus Marta, da mais gatilho tá pouco. - Meu pai diz.

— Gatilho vocês dois tinham ter que para seguir em frente e assumir suas responsabilidades. Demorei muito pra ver que não apoiei minhas filhas, hoje elas tão lá fora pelo mundo e eu não recebo nenhuma mensagem, nem uma ligação. - seus olhos se enchem de lágrimas.

— Vocês conheceram elas por um ano e meio, eu conheci a vida delas toda. Não tem desculpa pra sofrimento pra mim, vi filha minha ser torturada, estuprada, entrar pra vida do crime, usar drogas, tudo o que é ruim por minha culpa e ainda tenho que ouvir desaforo sobre elas.

— Quer falar mal, fala de mim, das minhas filhas você não abra a boca pra falar um A ! - Marta diz subindo as escadas e breve o barulho da porta batendo ecoa a casa.

(...)

Malícia llWo Geschichten leben. Entdecke jetzt