capítulo sete: verdade ou desafio?

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Quando sinto a mão pequena da Barbie repousar como uma pluma em minha perna, olho instintivamente para baixo, e percebo que estou a balançando como um fodido ansioso, o que acaba me fazendo parar no mesmo instante.

— Por que está tão tenso, Leblanc? — Barbie sussurra ao meu lado, bem no pé do meu ouvido, para que só eu possa escutar. Se isso era alguma tentativa de conforto, fracassou totalmente, pois conseguiu me deixar mais tenso do que já estava. — A comida está uma porcaria, não está? — Olha para o meu prato quase intacto e depois para mim, franzindo o rosto em uma careta.

Meu Deus, minhas engrenagens estavam trabalhando a todo vapor na minha cabeça que, por estupidez minha, acabei mal tocando na comida.

— Claro que não, Barbie! Para a primeira vez, até que você tem talento. — Sorrio em uma tentativa de tranquilizá-la, pegando uma quantidade generosa de lasanha com o garfo prateado.

Quando a comida desce pela minha garganta, balanço a cabeça diversas vezes em afirmativa para as íris azuis brilhando em expectativa, tentando expressar em minha face o quanto havia gostado.

— Então, Devin... — Georgina limpa a garganta para chamar a minha atenção, e eu ergo meu olhar para ela, que se encontra na minha frente com as mãos entrelaçadas sobre a mesa. — Caso você não saiba, também ajudei a preparar toda a comida e quero receber meus créditos agora mesmo.

Seu sorriso divertido já dizia muito para mim. Era óbvio que estava escutando a nossa conversa minuciosamente. Eu não me importei, entretanto. Apenas retribui o seu sorriso e a elogiei, dando seus devidos e merecidos créditos.

— Caralho, Barbie, eu disse para você não colocar tanto sal na carne, mas você é teimosa. Isso aqui está sal puro! — Amber quase grita tempos depois, cuspindo a tal carne no guardanapo de tecido.

— Tia! — Barbie arregala os olhos, a voz saindo em um tom de repreensão. — Isso é jeito de falar quando estamos com visita?

Amber dá de ombros, como se fosse uma adolescente birrenta que gosta de contrariar os pais.

Fricciono os lábios um no outro, tentando inutilmente conter a risada com a cena um tanto quanto divertida. Parece que os papéis de tia e sobrinha acabaram de ser trocados nesta casa.

— Não sei a Georgina, mas tenho certeza que seu amigo Devin deve falar palavrões piores do que um simples "caralho". — Faz aspas no ar com a última palavra, rindo quando me ver rir também.

Barbie revira os olhos com o comentário da tia, suas bochechas branquinhas ganhando um tom escarlate.

Ela é realmente uma boneca. Isso era fascinante para um caralho — ops, acho que Amber está mesmo certa quanto a mim.

Isso acaba me fazendo rir ainda mais.

— Quem não fala uns palavrões de vez em quando, huh? — falei, divertidamente. Ao virar meu rosto para encarar St. Claire, continuei em um tom provocativo: —  Ou vai me dizer que você não fala?

— Falo.

Mentirosa.

— Fala nada! — Amber e Georgina soltam na mesma hora, partilhando claramente da mesma opinião que a minha.

Finco meu cotovelo sobre a mesa, descansando o queixo na palma da minha mão aberta, enquanto arqueio uma sobrancelha em sua direção. Mordo um sorriso ao capturar sua expressão nervosa.

— Fala sério, é claro que falo — continua a se defender, a voz saindo esganiçada.

— Então xinga agora — Amber comenta, os lábios se repuxando em um sorriso malicioso.

ENCONTRE-ME NO PARQUE | #1 Da Série The Hurricane Freedom (COMPLETO NA AMAZON)Kde žijí příběhy. Začni objevovat