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POV SIRIUS

Certo, então meu plano era encontrar Aluado para avisá-lo sobre o irritado Pontas, que estava querendo matá-lo. Mas, primeiro... prioridades, prioridades — antes o meu cabelo tinha que ser arrumado!

Cuidadosamente, caminhei para fora do banheiro, espiando o corredor para ter certeza que ninguém — especialmente algum inconveniente sonserino — estava por perto. Quando me assegurei que o caminho estava mesmo livre, corri como louco para a torre da Grifinória.

"Por Merlin! O que aconteceu com você, garoto?", a Mulher Gorda perguntou diante da minha chegada barulhenta na entrada da torre. Seus olhos piscaram de surpresa quando me encarou de dentro da sua moldura.

"Ah, o meu cabelo? É a última moda em Paris. Agora abra, por favor".

"A senha, por favor", disse ela teimosamente, se recusando a me aceitar.

Bem... que droga! Eu... hmmm.. Eu não conseguia lembrar a maldita senha! "Errr... Eu não lembro. Mas você me conhece... Sirius Black! Agora, por favor, abra".

"Não sem a senha, querido! Eu não ligo se você é o Godric Gryffindor em pessoa".

"Arrggh! Vamos, mulher, que droga! Por favor, eu não estou com humor para jogar esses joguinhos. Eu te disse. Eu não lembro a maldita senha!"

Não serviu para nada. Ela simplesmente suspirou e deu as costas para mim, piorando ainda mais meu humor. Um rosnado subiu pela minha garganta e eu vi os olhos dela brilharem com um pouco de apreensão. Você já foi longe demais, cabeça quente! Maltratando um quadro! Caramba! Eu inspirei profundamente, fechando meus olhos e desejando me acalmar. "Olha… desculpe. Eu não queria ser rude... só que eu preciso desesperadamente entrar. Eu realmente não consigo me lembrar da senha. Por favor, me deixe entrar?"

Ela se voltou para mim calmamente, especulando. "Eu não sei... Isso é muito errado, meu jovem..."

"Eu sei, eu sei. Mas... por favor, só dessa vez. Eu prometo que nunca mais esqueço a senha, me deixe entrar só desta vez."

Ela suspirou e começou a estender a mão... mas aí ela parou. "Desculpe, mas... eu não posso. Eu tenho um dever aqui e eu não posso abrir mão dele".

"AHH... VAMOS LÁ! POR FAVOR!"

"Sirius, qual é o problema?"

Virei-me para Remus, que tinha chegado atrás de mim silenciosamente. Ele era bom nisso — um legado lupino, eu suspeitava. Virei-me para olhá-lo e fiquei irritado quando vi o sorrisinho no canto de sua boca. Obviamente, meu cabelo deplorável ainda era uma grande fonte de diversão. Com raiva, apontei para a Mulher Gorda "Eu não consigo me lembrar da maldita senha, Aluado, e ela não me deixa entrar!"

Eu me assustei com quão irritadas as palavras soaram.

Remus me deu um irritante... ainda que estranhamente bonito e travesso sorriso. "Bem, Almofadinhas, esse é o trabalho dela. Você não pode condená-la por fazer o que o Dumbledore manda, pode?"

Tão calmo, tão pragmático — tão Remus!

"Nesse exato momento, sim, eu posso, eu a estou condenando como louca! Desculpe, mas é verdade! Eu quero dizer, vamos lá, ela sabe exatamente quem eu sou..."

"Bem, na verdade ela pode não te reconhecer no seu estado atual, Sirius", Remus respondeu em um tom gentilmente brincalhão, seu olhar se voltando para o topo da minha cabeça.

"Ah, muito engraçado, Remus! Só fale para ela a maldita senha para a gente poder entrar. Eu preciso lavar o cabelo!"

Remus concordou e sorriu para a Mulher Gorda quando disse: "Shangri La, por favor".

Escrito Nas Estrelas • wolfstarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora