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SAMANTHA

Eu estava andando de um lado para o outro e pensando: O QUÊ?

Daniel estava relaxado com o fato de eu ir morar em Londres com o Logan, mas, tipo, é sério? Isso não me incomoda, ou talvez incomode um pouco. Mas é apenas porque eu estou extremamente surpresa com a sua reação.

O máximo que eu achei que ele fosse fazer era me ligar várias vezes enquanto eu recusava todas as ligações; que ele me enviasse várias mensagens enquanto eu não respondia nenhuma; e quando ele chegasse de viagem, fosse correndo para a minha casa.

Mas eu estava aliviada com a sua resposta, porém, ele não sentiria falta de mim?

O que me chateava era pensar que ele realmente não estaria nem ligando para a minha partida. Será que essa viagem que nem durou 24 horas, mudou a cabeça dele? Será que ele ficará com a Giulia novamente?

Não, não, não. É claro que não.

Ou sim?

Não!

— O que foi garota? — April perguntou. Havia até esquecido que ela estava na minha casa. Eu subi para o meu quarto enquanto ela ficou conversando com a minha mãe, que inclusive, ficou um pouco brava por eu ter bebido demais.

Eu preciso esperar mais alguns dias para ela se acalmar e eu contar sobre Londres. Pretendia contar antes do Natal, que falta três meses para acontecer. E eu esperava mesmo conseguir contar antes. Três meses é muito tempo!

— Você já contou algum segredo para Amaya e ela contou para alguém? — perguntei. Eu nem sabia porque estava perguntando aquilo, porque era óbvio que ela havia contado para o Daniel.

— Que eu saiba, não. — ela franziu a testa. — Inclusive, peguei o último suco de morango que tinha na geladeira, sua mãe disse que não tinha problema. Então se você gosta, sinto muito, mas acabou. — ela avisou, levando a garrafa até a boca e se sentando no meu tapete.

— Inclusive? Mas o que tem a ver? — questionei.

— Nada. — ela torceu o nariz. — Mas por que está me perguntando sobre isso? Ela contou algo sobre você para alguém?

— Contou para o Daniel que eu vou para Londres. — ergui uma sobrancelha. Contar para April era muito fácil, difícil era mesmo engolir a resposta do Daniel para isso e contar para a minha mãe.

Todo o resto eu dou um jeito.

Ou não.

— Você vai para Londres? — ergueu as sobrancelhas.

— Você pode falar baixo. — disse entre dentes e corri para fechar a porta do meu quarto. — Eu vou, mas não fale para mais ninguém. Esse ninguém eu quero dizer: não fale para a minha mãe. — me encostei na madeira na porta e fui escorregando as costas até estar sentada no chão.

— Claro. — ela revirou os olhos. — Você vai mesmo conseguir ir para outro país sem a sua mãe saber porque ela nem vai lembrar que tem filha quando você pegar o avião. Esse plano é brilhante!

— Ela vai saber quando eu for. — disse como se não fosse óbvio. — Além do mais, pretendo contar antes do Natal.

— Tudo bem, tudo bem. — falou com pressa, balançando a mão que não segurava a garrafa de suco. — E o Daniel disse o que?

5 PEDIDOS || CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora