BY CHANCE/ Beauany

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— Eu vou também, se eu puder. - Diarra olha pra Andrey que afirma que sim.

— Todos vocês podem ir, não vai adiantar ficarem aqui.

— Eu não vou a lugar nenhum.- Me sento novamente.

— Nem eu. - Joalin me acompanha.

— Nos avisem qualquer coisa então. - Eles se despedem e vão embora.

— Como o cara matou a própria mãe? - A loira olha pro teto entediada.

— E se ele encontrar a Dytto? - Nesse instante meu celular toca. - Número desconhecido.

— Atende logo. - Manda Joalin.

📞LIGAÇÃO ON.

XXX: Não fala meu nome na ligação, Você tá sozinha ?

A: Não.

XXX: Então fingi ser uma conversa normal, por favor Any.

A: Tá bom, Você ta bem? Precisa de alguma coisa?

XXX: Me encontra no estacionamento de trás do campus, vou estar em um carro vermelho, e de jeito nenhum fala  com ninguém, eu tô falando sério.

LIGAÇÃO OFF.

— Quem era?

— A diretora do meu curso, eu preciso ir lá entregar um trabalho pra não reprovar esse semestre. - Minto. — Aguenta aqui sozinha?

— Aguento, quer que eu chame alguém pra te buscar?

— Não precisa. - Sorrio pra ela e levanto meio bamba indo até a porta de saída

(...)

— Me explica o que tá acontecendo.

— Eu fiz merda e das grandes Any. - Dytto não para de olhar pros lados pra garantir que não tinha ninguém.

—O Josh tá preso. - Ela arregala os olhos pro meu lado. - Acham que ele ajudou seu irmão a matar sua mãe.

— Droga não foi o Talles.

— Como você sabe ? - Ela fecha os olhos e se joga pra trás no banco.

— Fui eu. - Ela diz em meio às lágrimas.

—Você matou sua mãe?

— Eu pedi pra fazerem isso. - Meu coração está acelerado ao máximo agora, estou ao lado de uma assassina.

— Você só pode tá brincando comigo, quem é você?

— Você não entende, sempre teve todo mundo ao seu lado pra te apoiar, nunca ficou sozinha, nunca foi chantageada, nunca te bateram, você não tem ideia do inferno que eu passei, quando eu falei que eles me obrigavam a trabalhar pra dar dinheiro pra eles eu não estava falando de trabalhar como garçonete, ou secretária e tava falando de prostituição Any.

Eu fico olhando pra ela sem saber qual reação ter, ela está tremendo inteira e não consegue nem respirar.

— Eu posso ser um monstro por querer ela morta, mas ela foi mil vezes pior pra mim.

— Você não mandou fazer nada com o Talles mandou ?

— Não eu precisava de alguém pra incriminar. - Minha respiração está como se eu tivesse corrido uma maratona.

— O Josh tá encrencado por isso Dytto.

— Isso não tava nos meus planos eu juro.

— O que você fez não tá certo.

— E o que fizeram comigo tá  ?

— Você precisa de ajuda, sério. - Meu desespero só aumenta.

— Eu sei me cuidar sozinha... não se preocuoa eu vou dar um jeito de tirar ele de lá.

— Eu vou contar a verdade. - Tento sair do carro mas ela não deixa.

— Isso não vai tirar o Josh de lá, porque eu vou falar que ele me ajudou.

— É Dytto ele te ajudou, mas não com isso, ele te ajudou a recomeçar ele esteve com você, e agora você faz isso com ele? - Agora quem chora sou eu.

— Você nunca me entenderia Any, mas eu tô te falando é só você ficar de boca fechada que logo ele sai, eu prometo. - Ela me solta e saio do carro totalmente perdida, sem rumo nenhum, começo a andar pelas calçadas do campus, até onde eu posso, mas aí eu desabo não aguento mais dar nenhum passo e me ajoelho no chão.

— Any ei Any. - Lamar fala comigo mas eu não consigo se quer responder. - Vem comigo.

Ele me levanta e vai me puxando pelos corredores, me coloca sentada em uma sala vazia e pega o celular, escuto a sua voz cada vez mais fraca e aí do nada tudo fica escuro.