pt2: Atitude

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Ele não voltara pra casa naquela noite. Depois de perambular durante horas, Xue Yang acabou adormecendo em um pequeno chalé abandonado que encontrara pelo caminho. Depois de pensar sobre o que acontecera, finalmente houve uma conclusão: Ele sempre fora alguém solitário, não por não querer alguma ligação com as pessoas, mas porque ele nunca havia conseguido isso. A vingança tomou conta de boa parte de sua vida e o corte emocional havia se extinguido junto com o "acidente" que o fizera perder um de seus dedos. Para ele, todas as pessoas deveriam ser tratadas como lixo, por que no fundo, é o que realmente eram, ou ao menos até ele começar a conviver com Xiao Xingchen. Xue Yang nunca havia conhecido alguém daquela forma. Gentileza, atenção e preocupação forma coisas nunca lhe dirigidas na vida. No final de todos seus pensamentos, apenas uma coisa ficou evidente: Ele precisava entender que sentimento era aquele, e pra isso, deveria tocá-lo novamente.

Quando voltou para casa, o sol já apontava alto no céu. Pelo silêncio, Xiao Xingchen e a ceguinha não estavam por perto. Indo até sua cama, viu que uma bala estava ali. Xue Yang a segurou e ficou olhando para o objeto alguns segundos antes de guardar para mais tarde.

– Ele está mesmo agindo como um pai de família. – O tom não foi de crítica mas de reflexão.

– Quem está agindo como um pai de família? – A voz de Xingchen soou na entrada.

Não havia tempo a perder. – Daozhang, tenho um lugar pra te mostrar. – Xue Yang foi até ele e pegou sua mão, puxando-o para fora de novo.

– Eu também vou! – A ceguinha exclamou, indo atrás.

– Você não ouse sair daqui. Não tem nada da sua conta lá! Se me seguir eu vou...

– Eu não vou, eu não vou! Não é como se eu tivesse interessada em ir mesmo!

Xue Yang bufou e direcionou Xingchen pelo caminho até o chalé onde havia dormido. Se quisesse saber das coisas, teria que estar longe da ceguinha, ou ele só conseguiria irritação por suas intromissões, mesmo que não enxergasse.
– Pra onde está me levando? – Xingchen questionou.

– Pra um lugar que encontrei essa noite.

– Por isso não dormiu em casa?

– Sim.

– Não faça mais isso. Achei que tinha acontecido alguma coisa ou que alguém tivesse te ferido de novo.

Ao invés de questionar para onde estava sendo levado, ele ainda se preocupação com a segurança alheia. Ao ouvir isso, Xue Yang aumentou os passos, ainda segurando pela mão de Xingchen, que não fez menção de soltar em momento algum. Após algum tempo de caminhada, O chalé finalmente foi visto no final da rua. Não havia nada de especial lá. O lugar era bem menor do que onde estavam, e os moveis estavam longe de serem atrativos e novos, porém era a única desculpa que tinha para conseguir privacidade e confirmar as coisas. Quando adentraram no lugar, Xiao Xigchen parou. – Onde estamos?

– Em um chalé. Acho que se consertarmos podemos nos mudar pra cá, achei mais agradável.

– Porque teríamos que nos mudar? – Xingchen questionou. – Não gosta de onde estamos?

– Me irrito fácil com as coisas. – Ao menos isso não havia sido mentira.

Xiao suspirou. – Não acho que seja necessário. Logo pretendo continuar minha caminhada.

Espera, o que?

– Pra onde pretende ir?

– Não sei. O mundo é vasto e mesmo sem visão, ainda sou um cultivador que pode ajudar com problemas de pequenos vilarejos.

confusão: a história não contada de xue yangМесто, где живут истории. Откройте их для себя