Loki - A Profecia Do Infinito

Amanhã será um longo dia.

Loki sempre seria alvo de sua admiração, carinho e respeito, mas haviam muitos momentos em que simplesmente gostaria de ter Gram (a espada da verdade) para arrancar daquele sorrisinho cínico tudo o que ele esconde. O irmão constantemente lhe passa a sensação de que está tudo bem quando estão juntos, porém isso vindo dele não era algo verdadeiro, apesar de ser reconfortante. Thor se sentia perdido na maioria das vezes em que pensava nele, não suportaria mais brigas e conflitos familiares logo agora que estavam conseguindo se entender, mesmo que fosse de uma forma estranha. Podia ver que o deus trapaceiro estava melhorando, ele nem mesmo se queixava mais por ter que conviver com os humanos que tanto detesta, mas nada afastava completamente as suas dúvidas em relação ao o que quer que ele esteja fazendo no momento.

O loiro se pegou pensando na garota Stark, ela o havia cativado nas primeiras horas depois que se conheceram, mas mesmo com todo o seu amor pela Terra e por aqueles que nela habitam, não conseguia deixar de sentir certo ódio cada vez que olhava para seu ela e via as marcas de toda a crueldade que lhe foi dirigida ao longo de seus anos de vida. Lin é uma mulher quebrada, mas não menos incrível por conta disso, ela é brilhante, forte e talentosa, mas também é meio maluca, imprevisível e instável, é tão frágil quanto indestrutível e por mais que não gostasse nenhum pouco de afirmar isso, ela é uma excelente mentirosa. Havia muito das habilidades de seu irmão em algumas das feições dela e isso o incomodava muito, ele não sabia até que ponto ela era verdadeira, se ela estava os usando o tempo todo ou sendo usada por Loki.

Às vezes desejava não ser um deus, não teria tantos problemas para resolver diariamente se houvesse nascido como um humano qualquer. Com suspiro Thor aceitou que não conseguiria se concentrar hoje, ele bebeu um último gole de seu café delicioso e deixou o livro que havia escolhido de lado. Decidiu que iria até a Garota de Ferro, ela era a coisa mais próxima de seu irmão que possuía agora que ele se tornou mais uma vez irrastreável, esperava que ela fizesse ou dissesse qualquer coisa que lhe ajude a desvendar os segredos que eram escondidos de sua pessoa.

Thor pegou seu poderoso Stormbreaker e segurou a pequena Akira com firmeza em sua mão, foi possível ouvir um resmungo chateado por parte da raposa devido a repentina interrupção no carinho que estava recebendo em seus pelos, mas ela logo se acomodou no aconchego de seu dono. Poderia ser um tanto desconfortável para ela atravessar pela Bifrost, então um cuidado a mais era necessário, mesmo que não fosse a primeira vez que fariam algo assim, não era exatamente uma boa ideia arriscar agora, portanto ir voando era a melhor opção.

Caminhou em passos lentos até o lado de fora de sua casa e lá ergueu a arma, sendo assim tirado do chão em direção aos céus. Não demoraria para chegar onde esperava encontrar a noiva de seu irmão e, quando isso acontecesse, o melhor seria que conseguisse obter qualquer tipo útil de informação.

(...)

O princípio básico normalmente levado em conta pelos heróis era o de não matar seus adversários, não importa quem eles sejam, mas aquela estava sendo uma situação muito tentadora a esquecer desse tipo de moral. Thanos estava entre os membros da Guarda do Infinito por mais absurdo que isso parecesse, ele era o seu próximo alvo e a ironia não parava aí, era a joia da realidade que estavam prestes a conseguir, a mesma que o príncipe conhecia mais do que o próprio titã por ter sido um marco importante nas lendas de seu povo.

Loki ainda conseguia sentir seu pescoço se quebrando e possivelmente nunca seria capaz de esquecer, não havia se quer uma memória boa que o ligasse ao titã louco, seria uma grande satisfação poder retribuir o que ele lhe fez na mesma moeda, faze-lo sentir a mesma dor e como foi mesmo que ele disse? Sem ressurreição. Stephen estava fadado a apoiar a ideia de matarem o guardião da pedra, porém isso apenas traria problemas para ambos caso alguém notasse que, com a morte, o artefato poderoso também foi levado. Não desejavam atrair atenção desnecessária, não permitiriam que mais pessoas soubessem sobre o que estavam fazendo e nem mesmo aqueles que já haviam derrotado possuíam a consciência de que falharam e perderam suas joias.