BY CHANCE/ Beauany

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Droga ele foi totalmente mais sensato que eu, pegou Aimê colocou ela sentadinha de novo e explicou com toda calma do mundo que não podia falar aquilo.

Ela balança a cabecinha positivamente quando o pai pergunta se ela entendeu.

— Posso falar com você? - Josh se refere a Noah.

— Sempre cara. - Noah se senta no sofá.

— A sós. - Noah olha assustado, mas concorda, aponta pro lado dos quartos e os dois se dirigem pra lá.

— Tá bom né, seu pai vai ter que me contar tudo depois mesmo. - Vou até a cozinha levar o copo de água que Josh deixou no chão e sou seguida pela dona dos olhinhos verdes mais lindo que eu já vi.

(...)

Já fazem uns quarenta minutos que eles estão no quarto com a porta fechada, eu até tentei escutar por trás da porta mas a pequena espiã que está comigo não colabora muito.

O interfone toca novamente " É uma do grupo " é a única coisa que o porteiro diz e eu autorizo subir.

Espero já de porta aberta, quando vejo sair do elevador.

— Any.

— Dindo Osh, dindo Osh. - Aimê bate palma.

— Eu também queria saber onde seu Dindo tá meu amor. - Any beija a cabeça da pequena depois me abraça.

— Parece que você deu sorte então ele tá trancado no quarto com o Noah.

— O que? Ele tá aqui?

— Aham. - Ela mal espera eu terminar e entra com tudo, só escuto suas batidas na porta do quarto.

— Que isso? Tá louca ? - Noah é totalmente ignorado e jogado pra fora do quarto, sem contar a portada que leva na cara.

— Desculpa, por favor. - Any abre uma fresta, mas logo fecha de novo.

— Eu tô na minha casa não tô? Ou estou enganado? -Ele fica encarando a porta.

— Esquece, pega sua filha que eu vou fazer o jantar. - Ele abre um sorriso e vem pulando pegar Aimê.

POV'S ANY

—Você sai daquele jeito de manhã e ainda some o dia todo, nem atender o telefone atende? - Josh senta na cama e fica me olhando.

— Eu trabalhei o dia todo. - Ele menti.

— Mentira Josh, para de mentir, Heyoon falou que as aulas de hoje foram canceladas.

— Eu tinha que resolver umas coisas. - Ele agora encara o chão, deve ser mais fácil continuar mentindo assim.

— E Precisava mentir pra mim?

— Precisava se não você ia surtar, igual tá fazendo agora caramba.

— Se você quer que nosso relacionamento funcione, você não pode ficar escondendo as coisas de mim. - Prendo meu cabelo por conta do calor que eu começo a sentir.

— Any precisavam de mim. - Ele levanta e caminha até a janela.

— E eu ? Foda-se ficar preocupada com você o dia todo?

— Quando sua mãe e sua irmã precisaram você foi e sumiu por dois meses, agora eu não posso? - Sua voz rouca aumenta o tom.

— Vai jogar isso na minha cara pra sempre agora?

— Aí meu Deus, eu não fugi de você, eu só precisei cuidar de outra pessoa.

— E por que você não me falou, era simples de explicar.

—  Tá bom então, quer ver sua reação? ... Eu passei o dia com a Dytto porque ela precisou de mim.

— A é claro, agora tudo faz sentido, não vou contar pra Any que eu tô saindo com minha ex a qual eu nunca deixei de amar. - Faço uma voz grossa tentando imitar ele.

Ele se vira encosta na parede e me olha chorando.

— Você não disse isso.

— Disse Josh, eu disse, vai negar? -Tento sair do quarto mas o canadense me segura. — Me solta.

— Não até você me escutar.

— Então fala, fala Josh, nega o que tava na minha cara desde o começo. - Me sento na cama.

— Nego Any, sabe por que? Porque seria muito mais fácil amar a Dytto, do que amar a cabeça dura que você é, seria muito mas muito mais fácil, mas é você quem eu amo, é você quem eu quero, por algum motivo meu coração, minha cabeça meu corpo, minha alma, meu tudo escolheram te amar, e esse amor dói demais Gabrielly.

— A onde isso vai dar Josh, um machucando o outro a todo momento ?

— Eu nunca quis te machucar.

— Então por que mentiu ? Por que não me conta o que tá acontecendo? - Ele se senta do meu lado e segura minha mão.

— Eu não posso te contar agora, mas eu preciso de você do meu lado e preciso que você confie em mim.

— Tem noção de como é difícil isso?

—  Não é não, você quem tá  complicando, é só confiar em mim, só isso, o resto vai tudo se encaixar depois, eu prometo.

—Eu posso tentar. - Ele me abraça.