O nome dele... és Loki.

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Ao entrarem na bela caverna em que vivia a mulher que o fazia se sentir tão bem eles a encontraram junto da irmã, ambas com expressões perdidas e abaladas em seus rostos. Loki não pode deixar de notar que alguém estava faltando no recinto, que não havia mais sinal dos barulhos infantis produzidos pelo bebê e também que não havia mais sinal da presença dele em lugar nenhum.

- Laufey o levou para o nosso principal reduto. - Grid explicou, a outra estava em choque demais para falar. - Ele disse que não suportava mais ver a maior vergonha do reino exposta para que todos debochassem dele, aquele merda... vai deixa-lo morrer - Vidar foi de extasiado pelo treino a furioso em segundos.

- Ele o quê?! - o homem era o mais próximo de um pai que aquela criança tinha e a amava muito. - Com que direito ele pode levar o teu filho já que nunca o reconheceu como um de nós?!

Farbauti parecia a beira de um colapso, ela realmente estava doente, o pequeno era a única coisa que ainda conseguia motiva-la a lutar. O deus não se sentiu culpado por ver naquilo tudo uma oportunidade. Ele se aproximou da mulher chorosa e a tocou com sua mão tentando passar algum conforto.

- Podemos tira-lo de lá se assim desejarem, podemos levar Odin até o lugar, salva-lo e então partirmos em segurança pela Bifrost até outro reino.

- Desculpe-me Meili, mas ainda não confio nenhum pouco em teu querido herdeiro, foi muito legal da parte dele te mandar, mas não acho que ele realmente nos queria sujando uma das outras conquistas. - Havia um brilho de vingança nos olhos do gigante e foi isso que inspirou Loki a continuar.

- Pense nisso como um troco para Laufey. Ter o maior inimigo dele tão próximo do melhor tesouro do reino, ele não esperara por isso e sou plenamente capaz de fazer com que Odin os mande para algum lugar melhor, eu, afinal, fiz com que ele me aceitasse, não foi?

Os três pensavam seriamente na resposta que dariam, Laufey não era exatamente um bom rei, muitos já haviam morrido pelos erros dele, pelo orgulho, pelo ego e pela própria sede de vingança, ele merecia se prejudicar, mas isso também podia significar que o povo iria sentir as lâminas dos asgardianos e toda a dor da guerra, embora milhares já estivessem morrendo devido a ela.

- Nós vamos, estás certo, o rei não deveria tê-lo arrancado de meus braços. - Murmurou Farbauti. - E isto és uma ordem. - Acrescentou quando percebeu que seria contestada. O respeito pela mulher fez com que engolissem qualquer dúvida sobre se aquilo era mesmo uma boa ideia.

(...)

Loki deixou uma generosa quantidade de recursos alimentícios para os que ali se abrigavam antes de partir, porém não olhou para trás quando se encaminhou para fora, não carregaria consigo nenhum sentimento ridículo. Ele também deu armas aos dois guerreiros que o acompanhariam e uma armadura a encantadora mulher que não sabia lutar, logo depois eles montaram nas bestas treinadas que sobreviveram a toda escassez de comida e que eram da mesma espécie das que o deus matou ao salvar o menino Thor em Asgard.

Odin já havia sido telepaticamente avisado e os aguardava a quilômetros dali, logo não demoraram a partir para seu encontro. Não trocaram palavras em todo o percurso, a companhia do príncipe estava tensa demais para diálogos. Com exceção de Vidar, eles não tinham a menor preparação para lidar com alguém de tamanho poder. As horas se passaram como se fossem minutos e mais rápido do que desejavam já avistavam o reluzente rei em seu lendário cavalo de oito patas.

A imagem inicial de Meili estava de volta e foi com um mal contido contentamento que o glorioso homem reparou que ele havia sido bem-sucedido em sua missão, convenceu seus inimigos a lhe entregarem sua melhor arma. Loki foi o único a fingir uma reverencia respeitosa quando alcançaram o asgardiano, os outros o ignoraram, embora estivessem ainda mais alertas agora.

Loki - A Profecia Do InfinitoWhere stories live. Discover now