— Alejandro. — meu pai cumprimentou, com um abraço apertado, dando um sorriso largo para o mesmo, que retribuiu do mesmo jeito.

Minha mãe estava conversando com a outra senhora, que confirmei ser a senhora Cabello.

Ela era jovem e bem bonita, trajava uma saia social preta, que vinha até um pouco a cima do seu joelho. Uma blusa branca totalmente impecável deixava sua vestimenta ainda mais arrumada e elegante.

Em seus pés, um salto médio preto, deixando ainda mais charmosa.

— Camila. — meu pai cumprimentou, e só aí, vim perceber a garota que abraçava meu pai.

Não podia ser, Jesus, só pode estar que brincadeira com minha cara.

Talvez a minha reação tenha sido impagável, já que meu pai precisou me chamar várias vezes para que eu retornasse a atenção para eles.

— essa é minha filha lauren, Alejandro. — ele me apresentou, e o senhor a minha frente, me abraçou.

— está tão crescida, lembro de te ver do tamanho de um anão, correndo de um lado para o outro. — ele disse sorrindo. Simpático.— faz tempo que não os visito, aposto que nem se lembra de mim.

— realmente, não tenho lembranças, acho que por ser um pouco menor. — brinco.

— essa é minha filha, Camila. — a olhei, vendo a mesma me analizar da ponta do pé, até o último fio do meu cabelo.

Seguiu em minha direção, passando seu braço por minha cintura e me abraçou.

— é um prazer! — ela disse. — por um segundo tive medo de estar noiva de uma idosa. Mas olhando para você, me tranquiliza saber que é melhor do que imaginei.

Seu sorriso de canto, digamos que ela acabou de me cantar, sem nem ao menos ter me conhecido.

— penso o mesmo, achei que me casaria com uma pessoa com nada menos que quatro dentes na boca, mas olhando bem, sua dentição parece estar perfeita. — falei arrancando uma gargalhada da mesma, assim como de todos os outros daquela sala.

— vejo que estão se dando bem, isso é ótimo, afinal, a primeira impressão é a que vale. — falou o meu pai, e logo as memórias do dia em que ela foi grossa comigo, apareceu em minha mente.

— não se preocupe papai, de fato, é a primeira que fica. — ela disse com seu sorriso provocativo. Dando a entender que ela lembrava muito bem do dia.

— bom, vamos nos sentar, o jantar já estar pronto. — minha mãe disse, estendendo o braço para que eles seguissem em direção a sala de jantar.

Todos se sentaram na mesa, a Camila logo de frente a mim.

Todos conversavam como amigos de longa data, enquanto eu tentava mantar meu olhar sob o prato a minha frente.

Mas sentia que estava sendo observada, então, subi meu olhar para a mulher a minha frente.

Ela me encarava descaradamente, enquanto mastigava sua comida lenta e tortuosamente.

— oque? — perguntei franzindo o cenho.

Ela deu de ombros, colocando seus cotovelos apoiados sobre a mesa, coisa que com toda certeza, passava longe da sua aula de etiqueta.

— o seu animal, destruiu o meu livro predileto. — ela disse apoiando seu rosto sobre a mão.

— me ofereci para te dar um novo, mas você foi super mal educada. — falei dando de ombros, e colocando um pedaço da carne mal passada na boca.

— queria que eu ficasse feliz depois do que aconteceu? — ela debochou.

— não, não acho que vc fique feliz em qualquer ocasião, sua expressão é sempre de amargurada. — falei a encarando.

— como pode saber se me conhece tem menos de três horas? — perguntou ficando novamente ereta e abaixando suas mãos.

— não preciso mais do que isso para comprovar o óbvio. — falei sorrindo debochada.

— se surpreenderia se realmente soubesse. — ela piscou.

Não podia negar, a Camila era uma mulher totalmente sexy é bonita.

A forma como ela se portava sempre como se calculasse o que falar, calculando cada passo ou ato a se fazer.

Dava para perceber a forma como ela queria agradar o pai, pois sempre marinha seu olhar focado sobre ele, quando o assunto era trabalho.

Em poucas vezes ou seja, uma, em que ela sorriu, sua língua ficava pressa por entre seus dentes e seus olhos se fechavam por milímetros.

Ela era uma pessoa adorável, ao meu ver.

Consequence Where stories live. Discover now