Capítulo 6

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Robin

Eu não vi nada, eu não vi nada, eu não vi nada... por diabos eu vi tudo! Vi tudo e fiquei olhando fixamente! Sentei na cama frustrada e revivi aquela cena em minha mente novamente. Por que mesmo tinha ido até o quarto de Andras? Ah sim, a bengala e o protetor solar, achei que ele talvez fosse precisar de sua bengala e fui devolver.

Entrei no quarto e coloquei a bengala e o protetor em cima da cama, o barulho do chuveiro chamou minha atenção e minha curiosidade gritou implorando que eu desse uma espiadinha, descalça caminhei pé ante pé até o banheiro que estava com a porta aberta.

Atravessei a soleira da porta ao visualizar a silhueta de Andras, as estátuas gregas não faziam jus àquele homem, e o que ele estava fazendo exatamente?

Ofeguei quando me dei conta, a água escorria pelo seus músculos fortes, seus cabelos estavam soltos sobre os ombros e sua mão forte estava segurando em seu pênis, abri a boca com o impulso de coloca-lo em minha boca, seu pênis era proporcional a todo aquele corpo, era grosso, longo, sua ponta inchada e rosada. Eu podia ver uma veia saltada nele e Andras o estimulava, seus olhos fechados e sua respiração ofegante.

Mordi o lábio e senti meus seios pesarem e um desejo doloroso se instalou entre as minhas pernas, o impulso de abrir aquele box de vidro e me juntar a ele era tentador, ele apoiou-se com o braço esquerdo sobre a parede e acelerou os movimentos, ele estava chegando perto, eu sabia que deveria sair dali o quanto antes, mas meus pés estavam colados no chão e eu não conseguia tirar os olhos de cima dele.

E então como um rugido de leão, Andras gemeu e gozou, despertei de meu torpor, ele logo sairia do banho e notaria minha presença, ele era deficiente visual mas era muito sensitivo, ele sentiria meu cheiro, ouviria minha respiração ofegante... por deus ele poderia até mesmo sentir o cheiro da minha excitação, tinha quase certeza disso.

Sai dali o mais depressa que pude sem fazer barulho e corri para meu quarto, arranquei minhas roupas e mergulhei na água fria do chuveiro, precisei me tocar também, minha excitação estava dolorosa demais, eu precisava de uma libertação, com Andras em meus pensamentos e aquela cena erótica em seu banheiro, me toquei até ficar com as pernas bambas, eu precisava retomar o controle, ou então cairia na armadilha tentadora que era Andras Costas.


******


Como estava com a tarde livre cochilei por umas duas horas antes de me juntar a Andras para o jantar, por mais que quisesse fugir daquele encontro, precisei colocar minha mente em ordem e focar em meu objetivo principal que era conquistar a confiança dele e seu amor.

Então coloquei uma saia azul com contas douradas, estilo saia de cigana e uma blusa branca, deixei meus cabelos soltos e desci para o jantar. Quando cheguei na sala de jantar Daphne me informou que iriamos jantar do lado de fora essa noite, na varanda.

Toquei em minhas orelhas e me perguntei mais uma vez onde estava meu outro brinco, naquela tarde estava tão cansada do passeio a praia e do que fiz após ver Andras que não pensei muito em meu brinco perdido, mas agora estava sentindo falta dele, foi um presente de Thomas, para dar boa sorte ele disse e agora eu havia perdido, talvez tenha perdido na praia.

Cheguei na varanda, e a mesa de madeira estava com um na ponta e o outro á direita, a iluminação estava boa, ainda que mais fraca do que do lado de dentro, dando ao ambiente um clima romântico. Vi Andras no segundo instante, ele estava parado próximo ao parapeito da varanda, usava camisa rosa e bermuda cor de areia. Seus cabelos estavam presos em um coque frouxo e ele parecia concentrado.

Doce Ilusão - Livro único - DEGUSTAÇÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora