𝟒𝐭𝐡 𝐚𝐜𝐭: 𝐩𝐥𝐚𝐲-𝐭𝐨-𝐟𝐚𝐢𝐥

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eu na verdade só finjo o auto controle, porque eu sei que quando alguém passar por aquela porta sem que eu necessariamente queira, aí sim o meu mundo vai desabar.

e não há lágrima nesse mundo que consiga ser reprimida pelo meu próprio ego não-tão-romântico-assim. que se foda o amor e a felicidade pós perda-traumática-demais-pra-ser-citada.

eu não sou tão forte quanto eu nem sequer me esforço para aparentar, mas eu nunca fui de chorar em velórios, porque eu ainda acredito que a minha mãe é imortal, que o meu pai algum dia vai me amar e me consolar sem que eu precise pedir ou que eles vão confessar que nunca pensaram que algo de ruim aconteceria de fato.

ou talvez os dois simplesmente se encontrem de novo, só que por um motivo bem mais niilista e não-recreativo.

os fins nem sempre justificam os meios, sabe?

eles inexoravelmente, são pagos pelo básico.

alguma hora você tem que ir embora, né meu companheiro?

𝗃𝖺𝗇𝗎𝖺𝗋𝗒Where stories live. Discover now