Pétalas de Sangue

II - Ciúmes ?

— Kaminari-Kun! — Chamou a atenção do loiro que a olhou confuso.

— Uraraka? O que... — Tentava entender o que a castanha queria consigo, afinal afinal mesma nunca lhe dava atenção; Já que ela ficava sempre com o Midoriya.

A mesma parou a frente do mesmo depois de ter corrido.

— O Kirishima-kun quer falar com você, disse que era sério. — Brincou com os dedos nervosa. — Mas pelo o que eu saiba é algo sob–

— Eu descubro na hora, já vou indo, obrigado. — Acenou pra mesma que tinha um olhar triste.

Ela sabia, ou desconfiava pelo menos.

...

A um tempo atrás Kirishima e Kaminari tinham se tornado melhores amigos, o loiro assim como Mina e Sero faziam parte do "famoso" bakusquad. Os mesmos no tempo livre faziam atividades em grupo, Bakugou sempre odiando a ideia, já que sempre era levado para cima e para baixo no final das contas. O mesmo apenas parecia ir pelo Kirishima, já que como ele dizia "O Kirishima é suportável, já vocês apenas enchem meu saco." ou algo do tipo; Sempre adicionando mais xingamentos.

O falso ruivo para Kaminari era seu melhor amigo, ou seu Broh como Kirishima diria. Kirishima parecia gostar de Bakugou, e o Bakugou do Kirishima. Eram raras às vezes, mas o suficiente para o fazer ficar com ciúmes, desejando estar no lugar de Katsuki, a maioria delas.

Mas como nada era rosas para si, ele acabava sendo que via tudo acontecer.

— Me larga cabelo de merda! Eu vou te explodir porra! — Gritava o loiro com raiva, o suficiente para uma veia pulsar em sua testa.

Talvez se fosse algum cachorro teria espuma saindo de sua boca, por isso um tempo atrás Katsuki foi chamado de Pinscher Humano.

Em cima do ombro do ruivo Bakugou estava sendo carregado, o mesmo socando as costas do mesmo que ria.

— Já disse que não vai explodir ninguém! Me prometeu isso. — Sorriu e riu ao ouvir o urro de raiva do loiro que o socava.

Como parou naquela situação afinal?

— É tudo culpa daquele idiota do Kaminari! — Xingou o loiro elétrico que não ligava muito, apenas ria.

O loiro inventou que era uma boa ideia pegar a caneca favorita do explosivo humano e beber nela. Denki era azarado.

"— EU VOU FAZER VOCÊ ENGOLIR OS CACOS DELA KAMINARI!"

E foi depois disso que Kirishima brotou do chão e o salvou de ser morto. Mas o mesmo acabou brincando de "Sequestre o Bakugou". mas Kaminari tinha o famoso ciúmes do Kirishima, ciúmes de "amigo". O loiro tentou provocar o explosivo mais ainda.

— Por sinal aquela cozinha que estava embalada bonitinha na geladeira tava muito boa Bakugou. — Riu vendo a bomba espernear mais ainda, e isso acabou fazendo que Kirishima se desequilibrasse.

Visão do Inferno no mínimo, Kirishima caído no chão e Bakugou sobre ele. Viu o Bakugou corar levemente, mas logo o loiro tentou correr atrás de si, tentando se levantar. Kirishima segurou a cintura do mesmo dizendo um "Foge Pikachu!", em meio às risadas.

E ele correu, mais pela cena do que pelo Katsuki, escutava o loiro berrar ao longe, mas Kaminari não ligava. A ansiedade subiu a sua garganta, engoliu o choro, era apenas um ciúmes de amigo né?

Perdido em pensamentos nem viu quando bateu em alguém, caiu de bunda no chão e resmungou de dor.

— De-desculpa. — Disse ainda atordoado para quem estava à sua frente.

— Não tem problema... — Respondeu uma voz conhecida que lhe estendeu a mão.

Olhou rapidamente para ver quem era, arregalou os olhos logo em seguida.

— Todoroki? — Perguntou sem acreditar.

O mesmo bicolor sério de sua sala estava ali, cabelos desarrumados e roupas... aquilo era para ser casual? Bonito, era o que Kaminari pensava.

— Eu mesmo. — Afirmou vendo Kaminari aceitar sua mão e se levantar.

— Que diferente... er... Desculpa por ter batido em ti. — Respondeu constrangido e logo coçou sua nuca sem graça. — Eu estava distraído.

— Não tem problema, mas eu não sou o único diferente. — Respondeu e riu baixo, os cabelos no loiro elétrico estavam para baixo. — e também eu apenas saí do banho.

— Claro, isso? — Apontou os próprios cabelos e Todoroki acenou. — Eu não estava afim de passar gel hoje. — Resmungou.

— Esta bem? — Perguntou o Bicolor chegando perto.

— Por quê a pergunta? — Disse curioso, sentiu o toque da mão do bicolor em sua bochecha.

— Estava chorando.