Capítulo 2 : The Walking Dead

Start from the beginning
                                    

O grupo seguia pelo corredor indo em direção as escadas que levavam ao terceiro piso, Gabriel se voltou para o restante do grupo, havia terror nos olhos de cada um.

- Se tiver acontecido o que eu acho que aconteceu devemos descer falou Mariana baixo, sair daqui antes que encontremos eles.

- Precisamos saber o que de fato esta acontecendo Mariana falou Gabriel subindo as escadas, se você quiser vir comigo está convidada e isso serve para todos, agora se quiserem salvar seus corpinhos boa sorte com eles na rua a noite, e boa sorte para enxergar no escuro ele tocou a lanterna com a ponta dos dedos.

- Filho da mãe falou ela seguindo Gabriel pelas escadas seus sapatos faziam um barulho ao tocar em cada degrau.

- Hey Gabriel, disse Chico atravessando o grupo se aproximando do garoto, você acha que a Bia está bem, você não acha né que ela pode, quer dizer que eles podem ter entrado que o Erick e aquele outro garoto possam ter contaminado tudo.

- São muitas perguntas grandão disse Gabriel. Tenha calma Gabriel bateu no ombro do amigo.

Mariana estava no topo da escada, em sua frente estava a escuridão que cobria o terceiro andar que parecia querer envolvê-la em um abraço sinistro, Gabriel assumiu a frente do grupo a luz da lanterna afugentou as sombras, logo os ruídos característicos dos mortos apareceram, o barulho enjoativo de dentes batendo, os passos vagarosos dos mortos recém renascidos vindo do interior das salas de aula, eram seus colegas a seis meses pensou Mariana, antes de avançar sob o primeiro cadáver, ela o acertou em cheio na cabeça um jato de sangue cobriu seu rosto e partes da sua blusa, logo poças de sangue se acumulavam pela corredor, fluidos digestivos que vazavam de um dos corpos trazia ânsia a todos.

O grupo atravessou o corredor indo em direção a sala de convivência suas portas ainda estavam devidamente fechadas, na madeira branca havia sido escrito com sangue "não abra".

- Algum deles deve ter escrito antes de se tornar um morto ambulante, Marta apontou para os corpos  recém enviados novamente ao mundo dos mortos jogados no corredor. Seus olhos vacilaram por um instante, uma sombra se precipitou sobre a garota, agarrando seu pescoço com uma mordida poderosa, ela sentiu a pressão da mordida que arrancou um pedaço de sua carne  ela sentiu o estalar do rompimento de cada nervo ao  serem dilacerados e a dor aguda acompanhada pelo sangue arterial quente.

- Marta, Mariana gritou acertando a morta que ainda estava  atacando sua  amiga, o golpe acertou a lateral do crânio da morta, a zumbi caiu do não como um boneco sem pilha.

Mariana se ajoelhou ao lado de Marta tentando estancar o sangramento de sua garganta com a mão.

-Acabe comigo Mariana, eu não quero ser um deles, os olhos de Marta se enchiam de lágrimas, por favor, encontre a minha irmã  por mim, por favor, ela ainda deve estar em casa ou na escola, por favor, uma onda de sangue saiu pela sua boca se misturando com sangue arterial que nascia de seu pescoço.

- Eu não posso prometer isso, mas posso não te deixar virar um deles.

- Chico, me dê sua arma disse Mariana voltando atenção para Chico o rosto do garoto estava inexpressivo, como um robô ele ergueu a mão entregando a pistola calibre 40.

- Você sabe usar isso? questionou Gabriel se ajoelhando ao lado das duas meninas, o rosto de Marta começava a se tornar roxo e repleto de veias saltando do fundo de sua garganta vinham os primeiros suspiros característicos dos mortos.

- Ande logo com isso Mariana disse Marta seu corpo estremeceu, Mariana segurou a pistola diante da cabeça de Marta e simplesmente puxou o gatilho o pino dourado voou pelo chão do corredor.

- Meu pai era da polícia disse Mariana quando o grupo entrou em uma sala de aula que estava vazia, ele me ensinou algumas coisas antes de ser mandando pro Sul em março. Quando os primeiros deles apareceram em Porto Alegre.

Gabriel fitou a menina, havia algo nela que o incomodava desde o primeiro dia.

- O que vamos fazer agora chefe? Pelo que parece não sobrou ninguém, além de nós, a maioria deve estar na sala de descanso, então Jairo e Bia devem estar presos lá, os olhos do garoto lacrimejaram ao falar dos amigos.

-Vamos sair  daqui quando amanhecer é o melhor a fazer, procurar refugio em alguma casa desocupada e sobreviver.

- Pretende que caminhemos pelo centro invadindo casas aleatórias, sem comida e armamento adequado, Gabriel?

-Aceito sugestões Mariana, só dizer.

- Podemos usar um dos carros do estacionamento, um deles tinha uma copia da chave no porta-luvas, ainda tinha combustível suficiente para ir até fora da cidade, temos que ir para um lugar menos povoado possível.

- Realmente estamos brincando de The Walking Dead Erick pensou Gabriel, como quiser então Mariana, iremos pegar o carro, mas Chico irá dirigir e você vai falar onde a Marta mora, devemos isso a memória dela, precisamos saber o que aconteceu com a irmã da Marta.

-Tudo bem disse Mariana, saímos daqui primeiro depois vocês fazem o que quiser, eu irei para fora da cidade sozinha, não preciso bancar a heroína, ou honrar a memória da Marta, ela se foi e eu sinto por isso, mas eu estou viva e quero continuar.

-Que tipo de pessoa é você Mariana, a voz de Chico estava embargada.

- O tipo de pessoa que vai tirar um cochilo no fundo da sala até amanhã de manhã.

School DaysWhere stories live. Discover now