Capítulo Cinco🎆🎆

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A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos...

Chego em casa cansada com tudo que aconteceu,todas questões feitas pela psicológa ainda rondam minha cabeça, eu sinto-me tão exausta... E se ela tiver ração? E se em qualquer situação de desespero eu me drogar?

As noites agora já não são vantajosas para mim porque não durmo direito. Fico imaginando tirarem meu filho de mim... Como pessoas pensam em separar um filho da mãe? O amor de uma mãe é único, protector... É uma grande responsabilidade cuidar de uma vida, e mesmo assim, uma mãe luta e batalha para o bem de seu filho...

- Filha! Como foi? _ Minha mãe aparece com Henrick no colo.

- Eu não sei... Poderia cuidar essa noite de Henrick? É que estou muito cansada...

- O que aconteceu? Por que você está assim? _ Minha mãe pergunta preocupada _ Se fôr Nick eu juro que...

- Mãe! Por favor, entenda que só estou exausta... _ Falo cansada e com a voz baixa

- Tudo bem... Eu alimento-o com mamadeira do seu leite que sobrou...

Entro no meu quarto, tiro a roupa que estava vestida e fico só de calcinha... Deito-me na cama e fico de coxinha chorando, eu sinto que não vou aguentar mais...

Ainda lembro-me daquele dia como se fosse hoje, lembro de como fui burra ao aceitar o convite de minha amiga e ter ido a festa... Como se não bastasse bebi a bebida oferecida por Katherine... Única coisa que gostaria lembrar-me é quem foi o homem que fez isso comigo, ele me conhecia, mas quem? Quem pode ser?

Eu me via na festa, como se estivesse acontecendo tudo novamente, só que dessa vez, sou uma simples telespectadora... Vi-me enquanto caminhava cambaleando procurando Amélia, vejo enquanto vou até o corredor , e sigo meus passos... Quase caio, mas um homem me segura e me pede que o acompanhasse, eu não conseguia ver seu rosto porque estava de costas, então aproximo-me para ver quem é... Abro a porta do quarto e vejo ele tirando minha roupa, caminho em passos lentos para vê-lo de perto... E quando olho em seus olhos... Vejo que é Raimon ...

Acordo do sonho, e começo a chorar, será que é verdade? Foi Raimon que abusou de mim?

- Não! _ grito descontrolada! Não pode ser... Ele fez isso!? _ Eu vou matar Raimon!! Eu vou matar!

Esse homem abusa de mim e dia seguinte aparece me oferecendo drogas e tudo mais! Ele quase destruiu minha vida duas vezes, quando abusou de mim e quando me ofereceu drogas!

Apressada, levanto da cama, faço minha higiene, visto minha calça jeans preta, minha blusa de tricô mangas compridas castanha e calço minhas botas. Pego minha bolsa e saio do quarto decidida. Se há alguém que pode confirmar é Amélia ou Katherine, uma delas deve saber e eu vou exigir que contem toda maldita verdade!

Mal saio do quarto e minha mãe questina_ Onde você vai? _ Ela parecia estar brava e não respondo, apenas pego meu bebê do seu colo e começo a fazer carinho em seu cabelo _ Você é mãe de um recém nascido e não pode sair sempre que lhe dêr na teia, minha filha, daqui a uma semana a assistente social passará a vir cá, o que ela vai pensar dessas suas saídas?

- Eu vou sair porque preciso procurar emprego, acho que eles têm noção que para sustentar um bebê é necessário condições e para ter é necessário trabalho, portanto, saio e volto no meio dia _ Entrego meu bebê na minha mãe e ela recebe

- Você não vai dá-lo de mamar? _ Ela fala indignada.

- Mãe, acredita é tudo que mais quero,mas não tenho tempo... Ainda tem leite suficiente na mamadeira, ontem enchi uns 4 biberões e você só usou 2.

Recomeço - Livro II de Paixão doentia - (Concluído)-SEM REVISÃOWhere stories live. Discover now