E lá estava ela,na janela branca da rua 31,aquela donzela de aveludada,mas com a essência amarga,na qual nem as minhas repetidas palavras de favo adoçavam seu coração calejado e conservador.
E existia eu;um pobre coitado,cansado e com o coração grande demais para tamanho desprezo. Naquela noite,entre um ou dois cigarros,eu tentava procurar consolo no globo que via todos os desmazelos e histórias de amor nunca realizadas,a lua.
A cada passo que eu dava,Amelie me olhava lá de sua sacada,com a voz triste,distante e arrastada disse:
— Sebastião,oque vós mercê faz aqui por essas horas?
— Estou apenas aqui esperando.
— E para que tanta relevância para com o tempo?
— Almejando apenas que ele passe,para que quando casares amanhã,eu estar lá,desejando-a novamente,mesmo eu não estando presente no altar.Saí dali,fui para casa,deitei em minha cama,derramei todas as lágrimas que estavam ao meu alcance e refleti;e meu caro,digo isto com gosto,não se queira ter um coração tão grande,para com uma mente tão pequena,e derrubada pela utopia.
Mas pelo menos fiz oque prometi,às 9:00 eu estava na frente da igreja,vestindo um paletó,com o cabelo arrumado,segurando um par dr alianças na mão;quem sabe um dia ela decida correr para fora da Igreja,e fique feliz com a pessoa reserva.
YOU ARE READING
As palavras que eu nunca pude escrever
PoetryPalavras,algo complexo. Assim como a palavra "palavra" é uma palavra. Sei que é complicado entender essa descrição, mas apenas salve em sua biblioteca,e conheça a vida vista do ângulo de um eu lírico poeta amargurado,cansado de uma coisa que todos f...