Dia Um

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-Você não tem mais nada pra apostar?

-Meu nome.

-Como? Eu não acho ter te ouvido, com todos os olhos em mim!

-Eu disse, que ainda tenho o meu nome!

07:30

Um som irritante preencheu aquele quarto.

-Desde de quando eu não tenho um sonho desses? - disse um pouco sonolento um adolescente(? de olhos de diferentes colorações, um era verde e o outro branco com uma cicatriz ao redor, em formato do naipe de espadas.

O adolescente se levantou e foi em direção ao banheiro.

-Por Samael, eu pareço que vim de um filme de terror. - o adolescente, aparentemente dezessete anos, observou atentamente seu rosto ao mesmo tempo que fez uma referência a um nome pouco conhecido na bíblia, sardas espalhadas pelas redondas bochechas, um rosto gordinho e fofo, cabelos ondulados e escuros, uma carinha fofa, que fica completamente assustadora quando se percebe a cicatriz em formato de espadas. A cicatriz parecia ter sido feita de um jeito doloroso demais.
-Me impressiona eu não quebrar o espelho. - com uma risada sarcástica lavou o rosto, já não gostava de mostrar o rosto antes, agora provavelmente teria uma foto usando máscara na identidade.

-E se.. - o adolescente encheu a pia, até o limite, e mergulhou a cabeça ali como se estivesse tentando se afogar, não é totalmente mentira, mas ainda vai ser perseguido no inferno pagando contas. Não tem muitos hábitos saudáveis, tanto para sua saúde mental quanto física, mas não é culpa dele, ele precisa de uma forma de encarar o dia longo com energia e paciência, então se entupir de café, doces e energéticos é uma rotina maravilhosamente podre e barata.

-Eu preciso me lembrar de fazer isso mais vezes! - com energia restaurada foi se arrumar, como odeia o trabalho que tem, mas é justamente isso que o faz trabalhar bem então não pode fazer muita coisa em relação a isso. Pode mas não vai fazer. Também não vai secar o cabelo, não tem secador.

Acabando o de tomar todo aquele café verificou se tem tudo.

-Carteira, chaves, celular... - tateando a calsa social nos bolsos de trás procurou tudo. - O tapa olho! -não pode esquecer.

Depois de colocar o tapa olho na cicatriz no olho esquerdo verificou tudo um última vez e saiu, usando um terno preto com gravata feita de jeito estranho, mais um dia desgraçado.

  

-Atrasada! - o adolescente ouviu seu chefe repreender alguém com cabelos castanhos e olhos da mesma cor, não suporta seu chefe justamente por isso, desde quando eram crianças ele é hiperativo de uma forma muito irritante, para não dizer babaca mimado.

-Me desculpe, o meu carro quebrou.

-Para a sua primeira semana aqui, você está se saindo muito mal. - dito isso, se retirou, voltando para a sala exclusiva dele, maldito gerente de setor.

A garota foi até o adolescente, se sentando ao lado dele.

-Eles nunca tem piedade de carne nova. - disse o adolescente ao ar, mas esperando ser ouvido pela garota aparentemente nova.

-Eu acho que sim. Meu nome é Uraraka, é prazer conhece-lo! - Uraraka estendeu a mão para se apresentar, apresentação que foi mútua.

-Eu não tenho um nome, mas pode me chamar do apelido que quiser. - respondeu com um sorriso o adolescente.

O olhar de Uraraka mostrava confusão e curiosidade, já era esperado, não é como se aquele dia foi mostrado para o público.

-Oi! Deku! Os meus relatórios!

Dançando com o Diabo.Where stories live. Discover now