Em busca de conselho de um antigo capitão...

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                                                                                            Inglaterra, 13/12/1941

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                                                                                            Inglaterra, 13/12/1941.

         Birmingham- Small Heath.

O dia nublado e feio predominava a vista do lado de fora da janela na qual a mulher estava sentada em um dos vagões do trem.  As pequenas gotículas de aguas que caiam sobre o vidro na qual a morena estava encostada e apreciando em quanto vagava por seus pensamentos a fazia contestar se era o certo ela estar ali, está em rumo à cidade onde ela tinha tanto boas e más lembranças só para reencontrar uma pessoa que na qual poda a compreender naquele momento, seu pai.
Esse era seu instinto, ela não sabia o porquê só sabia que precisava ver a única pessoa que sempre lhe compreendia e lhe dava conselhos, e estando sozinha em Londres sem sua falecida avó e sua irmã que estava na américa ela precisava de uma figura paterna para aconselha-la. E nada melhor que recorrer a única pessoa que podia lhe compreender naquele estado, a única pessoa que sabia de como era estar em uma guerra.
A segunda guerra mundial que acontecia, e na qual a Inglaterra estava envolvida assim como os demais países da Europa e agora da América contra o eixo que estavam invadindo alguns países em busca de expandir seus territórios, estavam saindo de controles matando as pessoas na onde passavam em busca de domínio. E como a Alemanha havia invadido a França há um ano antes e tentou lutar, mas acabou perdendo a guerra e se rendendo para eles, e com isso os Alemães venho bombardeando a Grãn- Bretanha. 
A Inglaterra conseguiu prever através de radares que os aviões estavam vindo e acabaram interceptando os ataques surpresa deles com os seus, fazendo assim vencer por enquanto a batalha, mas a guerra ainda estava caminhando fora dos trilhos em quanto messes se passavam.
Haviam se passado um ano que isso já teria acontecido o eixo, incluindo os alemães que estavam fora de controle. Hitler queria mais, a sede de se vingar por seu país ter perdido na primeira guerra os fazendo assinar o tratado de versalhes declarando que fora total culpa deles fez  seu país cair em ruinas. E agora tendo a oportunidade  na segunda guerra expandido; seus territórios invadindo os outros estavam fazendo-o enlouquecer cada vez mais, e assim aproveitando que ele tinha conquistado os outros territórios dos países juntos aos seus aliados fascistas e nazistas, o fez querer se vingar de seus inimigos da Inglaterra, França, união soviética e agora os EUA.
Todos estavam aflitos com essa guerra, não existiam um lugar seguro, todos os países mesmo que alguns deles que não tivessem em guerra estavam se manifestando, criando revoluções desde de quando acabou a primeira guerra.  E acredite parte dessa agitação de rebelião fazia parte do DNA da Carter.
Não que Olivya gostasse de protestar o que era certo ou errado, ela só não gostava de se expor muito gritando pelas ruas. A Carter era mais de articular planos ou o que se podia fazer em momentos críticos de aflições, e ela sabia de quem havia herdado aquilo. Afinal sua família tanto por parte de mãe ou de pai não era tão normal e perfeita assim.
Ela foi tirada de seus pensamentos por uma movimentação ao seu lado. A mesma estava sentada ao lado de uma senhora que bufava em quanto lia o jornal.
Esses Alemães! Não se cansam de nós atacarem, mesmo depois de terem perdido na primeira guerra, agora querem vingança nos matando. Mas, que merda eles tem na cabeça?! – Resmungou a mulher mais velha.
Ganância. Eles estão sendo usados por Hitler, o nazista estão os compilando para eles serem os mais superiores, e nós Inferiores. – Ela ainda mantinha os olhos fixos nos pingos de chuva que respingava sobre a janela.
— A ganância, onde todos os homens tem e exibe de bandeja por ai. – Falou a mulher. – Creio que uma menina inteligente como você tem um belo motivo para estar nesse trem para um cidade decadente de Birmingham. A propósito meu nome é Rose.
— Um enorme e pretensioso motivo. O meu é Olivya. – Cumprimentou de volta, agora olhando a mulher de meia idade e de olhos escuros.
— Você tem cara de Olivya mesmo. – Reparou a idosa. – Posso saber o que essa linda garota está tão triste.
— Vamos dizer que eu estou relutando em como contar para uma pessoa que irei partir. E não sei bem como essa pessoa irá reagir. – Confessou a Carter, mais para si mesma do que para a mais velha ao seu lado.
— E você está com medo de como essa pessoa possa reagir? – Deduziu Rose. Ela olhava a mais jovem com seu olhar perdido sobre a janela desde que chegou e se sentou ao seu lado no vagão.
— Não to com medo. Eu só... Eu só quero avisar do rumo que eu tomei para a minha vida. – Relutou ela por um momento se deveria ou não contar de seus problemas no momento.
— É namorado? – Perguntou a mulher levemente curiosa.
— Eu não tenho namorado...- Falou Olivya. – E bem mais complicado do que um namorado.
— Uma garota linda como você não tem namorado?! – Bufou a mais velha incrédula.
— Tenho coisa mais importante para se preocupar do que ter um namorado. Eles são perda de tempo! – Foi sincera.
Olivya não acreditava muito nessa coisa de alma gêmea. Ela via como os relacionamentos afetava as pessoas em si, e de como no final tudo acabava ruim entre ambos os lados. Afinal de contas isso foi o que havia acontecido com seus pais.
— Bem , se não é namorado deve ser pais?
— Certamente.
— Sabe, não importa se você estiver com medo, o importante é você falar o que realmente está guardando em si. –  Aconselhou Rose. – E a família em sí se preocupa com os filhos, principalmente os pais. E normal ter medo.
— Eu só... Tenho medo de decepciona-lo. – Confessou Olivya. Em certas partes era verdade. O medo de olhar no fundo dos olhos de seu pai depois de anos e ver a decepção nele iria a deixar triste.
— Bem, devia seguir seu coração e contar a verdade do que mentir e ficar com o peso na consciência.
— Você está certa. – Consentiu a morena.
— Mas afinal, é tão ruim falar com eles? – Perguntou a mais velha.
— Não ruim, mas difícil. Principalmente nos dias de hoje em que vivemos no mundo cheio de machismo. – Falou a Carter.
— É mais são os homens que devemos respeitar, afinal eles digitam as regras. – Disse Rose vendo o jeito confiante que a jovem dizia.
—Eles podem fazer as regras, mas temos direitos de escolher se devemos ou não segui-las. E nos fazemos as regras não eles. – Rebateu Olivya percebendo que a mulher defendia a ideia de que todas as mulheres tinha que ser submetidas aos homens.
As duas em seguida ficaram em silêncio, e então perceberam que o trem havia acabado de parar em sua estação. Desembarcaram  juntas do vagão e pararam e se viraram uma para outra.
— Obrigada por me aconselhar Sr. Rose. – Agradeceu Ela a mais velha. – Foi um prazer em conhece-la.
— O prazer foi meu e boa sorte. – Sorriu a mais velha. 
— Obrigada.
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Between fire and iceWhere stories live. Discover now