Capítulo 2

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"Quem é esse?" Eu acordei com 4 garotos do lado de fora do carro conversando muito alto. "Deve estar drogado." Disse um deles rindo e eu comecei a abrir meus olhos de leve. "Esse é filho do Sr. Harrington, o do cabelo." Falou outro deles batendo no vidro enquanto eu acordava. "Que merda é essa?" Falei ainda com sono abrindo o vidro da janela. "Wheeler?" Perguntei quando vi a cara do mais alto. "O que vocês vieram fazer no meu carro, cabeças ocas?" Disse ajeitando minha blusa e checando meu cabelo no retrovisor. "Chamam ele de Steve CABELO Harrington." Sussurrou o de cabelo cacheado no ouvido do irmão de Jonathan Byers, Will Byers. "Eu já perguntei uma vez antes, o que vocês merdinhas estão fazendo aqui?" Insisti olhando para eles. "Prazer, eu sou Dustin." Falou o cacheado estendendo a mão. "Eu sou... Steve...?" Falei sem entender. "Você é o namorado da Nancy?!" Falou o Wheeler me olhando me olhando esquisito. "Por que você está parado no meio do nada, Harrington?" Perguntou o garoto negro do lado de Dustin. "Porque eu não planejava que ninguém me visse, mas parece que os detetives me acharam!" Falei sarcasticamente enquanto saia do carro. "Onde nós estamos?" Perguntei para eles. "Bem longe da Maple." Respondeu o Wheeler tocando no meu casaco. "Que merda é essa?" Tirei a mão dele do meu casaco. "É algum tipo de piada? Vocês estão me tratando como se eu fosse uma descoberta científica de 2000!?" Eles se entreolharam e riram. "Nós estávamos indo para a casa do Will e você está no nosso caminho." Explicou Dustin apanhando sua bicicleta no chão e os outros fizeram a mesma coisa. "Você pode estacionar o carro em outro lugar por favor?" Pediu Byers me encarando.

Eu continuei encarando cada um deles, o primeiro deles era Mike Wheeler, era irmão mais novo de Nancy, e tinha uma cara um pouco mórbida. O segundo era Lucas Sinclair, eu não sabia muito dele, só sabia que o pai dele já havia trabalhado no jornal de Hawkins há alguns anos atrás. O terceiro era Dustin, Dustin Henderson, ele tinha uma doença esquisita onde faltavam ossos no corpo dele e dentes, era nojento, as vezes eu o via correndo atrás do gato da mãe perto da minha casa. E o último era o Will Byers, era tão esquisito quanto o irmão, era baixo e pálido, parecia uma criança de nove anos e creio que era maricas também, coitada da senhora Byers, acho que não ia ter netos.

"Tudo bem, eu tiro o carro do meio." Falei entrando de volta. "Obrigada". Articulou Henderson sorrindo sem dentes, era até engraçado. Eu aumentei o rádio e dirigi para frente, acho que eles falaram "tchau"  para mim, mas a música estava alta demais.

A essa altura, meu pai já estava indo para Illinois no jato particular do Senhor Thompson, então eu já poderia ir para casa, mas me deu uma maldita fome no meio do caminho então parei num café. Para minha surpresa, a moça que trabalhava lá era a Robin, e para ser sincero eu fiquei com medo que ela envenenasse o que eu pedisse.

"Um cappuccino, por favor". Falei me apoiando no balcão. "Então é isso que o famoso Rei Steve faz fora da escola? Toma café?" Ela falou sarcasticamente e eu a ignorei e comecei a olhar o lugar. Era rústico, tinha música tocando, e algumas mesinhas perto da caixa de som. O tema era de animais, haviam várias peles coladas na parede, zebras, ursos, leopardos... Para ser sincero, lá era meio sinistro, eu era o único cliente naquele momento. "São duas pratas." Falou ela e eu voltei a olhá-la. "O que são duas pratas?" Falei mexendo em uma pilha de chocolate em forma de colher. "O capuccino, tonto!" Respondeu Robin. "Você não acha que já está um pouco grandinho para mexer o café com uma colher de chocolate, pequeno Stevie?" Nesse momento, sem querer eu derrubei toda a pilha de chocolates e eles caíram espalhados por todo o chão. Robin olhou para mim com raiva e me entregou o café, eu achei que ela estava entrando para chamar alguém para limpar, por isso fui sentar na mesa, mas dois minutos depois ela chegou com um rodo de limpeza e um balde com sabão na minha frente e eu fiquei sem entender. "O que é isso?" Eu tomei um gole do meu cappuccino. "Ew! Isso está horrível! Você envenenou ou só cozinha mal mesmo?" Olhei para ela e ela revirou os olhos. "Hora da limpeza, tonto! Ou você vai querer pagar alguém para vir limpar?" Eu continuei sem entender. "Aqui não tem um daqueles caras que limpa, não?" Perguntei. "Você quis dizer um zelador?" Disse ela me entregando os produtos de limpeza. "É." Respondi. "Não, ainda estamos procurando, mas você pode ser se quiser, seu cabelo cairia bem misturado  com poeira de restaurante e pelos de animais." Sugeriu ela voltando pra o balcão, e tocando a clarineta, aquela garota era hiperativa. "Esse som vem com o combo para me assustar também?" Falei me abaixando para limpar o chão. "Que combo, Steve?" Perguntou ela parando de tocar. "Os animais que você caçou e colocou na parede e sua clarineta." Falei apanhado pedaços de chocolate do chão. "Não fui eu que cacei os animais, tonto! Quando eu cheguei eles já estavam. E eu preciso praticar meu solo com a clarineta, amanhã vai ter uma apresentação com a banda da escola." Falou ela vindo em minha direção. "Vai para lá." Ela me empurrou. "Você realmente é um mimado que não sabe limpar." Disse ela olhando para o chão e tornando a olhar para mim. "Você faz parte da banda?" Falei passando o rodo onde tinha chocolate derretido. "Não, eles só me chamam para fazer solos aleatoriamente de clarineta e outros instrumentos todas as vezes que tem apresentação." Articulou ela olhando para mim. "Ah." Suspirei. "Você acreditou mesmo, tonto? É claro que eu faço parte da banda!" Eu revirei os olhos para ela.

Depois que acabamos de limpar eu fui pagá-la no balcão. "Quanto vai ser por todos os chocolates que eu derrubei?" Ela abriu a caixa registradora. "Você já pagou." Disse ela enquanto eu entregava as duas pratas pelo cappuccino. "O que?" Perguntei. "Tem um zelador aqui, eu só queria ver você passando vergonha." Ela falou irônica como sempre e rindo enquanto pegava meu troco, e eu suspirei olhando para ela. "Ah, jura?".

Andei até a porta e enquanto abria escutei Robin tocando a clarineta novamente. "Espero que isso não seja uma praga para me fazer bater o carro no caminho." Falei enquanto fechava a porta e ela continuou tocando, mas pude ver que ela sorria ironicamente para mim.

Entrei no carro e voltei para casa, já estava escuro, aquele café esquisito era um pouco longe da Maple, mas nada nunca acontecia em Hawkins. No meio do caminho avistei a bicicleta de Will Byers jogada perto da floresta, provavelmente ele deveria ter largado  lá e ido brincar com os outros cabeçonas por aí.

Cheguei em casa mas não vi minha mãe, provavelmente ela ainda estava trabalhando, então asei uma lasanha no microondas e fui assistir Tv no sofá até pegar no sono, ainda bem que eu não tinha batido no carro.

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⏰ Cập nhật Lần cuối: May 30, 2021 ⏰

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Steve Harrington: The babysitter Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ