friday, i'm in love •L.S.• (oneshot)

friday i'm in love [português]

London, 28 de Setembro de 2013
6:57am

O barulho extremamente irritante do alarme, que tocava pela terceira vez, e os raios de luz que entram pela janela do quarto de Louis são o suficiente para fazer o garoto acordar de vez. Puto com a vida.

Por que ele decidiu fazer faculdade mesmo?

Acho que a resposta, nesse caso, seria: por amor. Mas convenhamos, em momentos de raiva e sono, só o que queremos é jogar tudo para o ar; paixões, hobbies, estudos, e ligar um grande e belo foda-se.

Isso era tudo que Louis queria fazer, mas infelizmente - ou felizmente - ele precisava ir para a faculdade, porque não poderia desperdiçar tudo que já passou, para não entregar um trabalho que ele deu o próprio o sangue.

Literatura.

A paixão de Louis Tomlinson.

Como toda e qualquer criança, o pequeno Louis sempre pensou no que queria ser quando crescesse. Astronauta, químico, vendedor de sorvetes (porque eles são uma delicia e são vendidos em um <caminhão>) e entre várias outras coisas, bobas ou não.

Mas sua paixão por livros e escrita começou quando Jay leu As Viagens de Gulliver para o filho. Louis ficou simplesmente encantado com o que um simples livro podia fazer. Ele costumava dizer que tinha uma televisão dentro da sua cabeça, pois sempre que lia alguma coisa, ele imaginava a cena, e ela se passava em frames, igualzinho na televisão.

Desde então ele começou a escrever e ler mais livros, suas histórias no começo eram coisas típicas de crianças; como princesas e príncipes, animais falantes, duendes e fadas. Mas Louis sempre teve algo dentro de si que o diferenciava dos outros. Ele sentia as historias. Não escrevia por escrever.

Não. Cada personagem era criado meticulosamente de acordo com seus sentimentos e suas historias eram pensadas sem um final. Ele desenvolvia o começo, o meio e deixava o final para quando tivesse uma ideia brilhante. Ele nunca colocava finais mundanos previsíveis.

Sendo assim, pode-se dizer que não foi muito difícil escolher uma faculdade quando a opção "Literatura" gritava na folha de papel. No começo, foi realmente tudo muito encantador. Tomlinson não perdia nenhuma aula e acordava até cedo demais por conta da ansiedade.

Quem o dera ter continuado assim. Apesar de ainda ter uma presença excepcional, a preguiça o dominava. Sua vida estava uma correria danada. Era de casa para a faculdade, então de novo para casa e depois para o trabalho. E tudo de novo.

Mas ele não se importava muito. Gostava do que fazia. Principalmente quando seu trabalho é de assistente na livraria. Nada a reclamar.

Louis faz carinho em seu gato e em seu cachorro rapidamente e despeja comida na vasilha deles. Mr. Darcy e Poirot agradecem com um miado e um latido e Louis sorri. Ele passa rapidamente pelo seu quarto, onde Zayn estava dormindo também, e o vê esparramado no colchão com a cueca à mostra, Louis tira uma foto para usar contra ele depois e coloca como a foto de contato do moreno. Antes de sair do quarto, Tomlinson se aproxima e deixa um beijo na testa de Malik e o cobre com a coberta que estava nos pés do mesmo, quase no chão, e sai apressadamente pegando a mochila e correndo para fora de casa com o celular em mãos.

Ele estava muito atrasado e quando chegou na rua, começou a correr em direção ao seu carro pedindo a todas as entidades que não estivesse trânsito, assim ele poderia ter uma chance de chegar a tempo.

Durante o percurso Louis percebe que 1) Não havia tomado café da manhã e sua barriga estava imitando o som de uma baleia, como uma profissional e, 2) Não havia trancado a porta de casa depois que saiu. Portanto, o que lhe restava era rezar para que nenhum ladrão escolhesse assaltar o apartamento 72, no décimo oitavo andar de um prédio e matar Zayn enquanto o pobre coitado dormia.