Capítulo 1 "Um novo lar?"

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Sword & Cross/ Colégio interno

Seattle/ Novembro

Antes da luz, existia os anjos. Em um momento de escuridão no seguinte o paraíso era reluzente, repleto de seres gloriosos, tudo era perfeito, mas não durou muito. Lucifer se revoltou contra deus, o paraíso ficou dividido, e uma guerra teve inicio. Todos os anjos foram forçados a escolher entre a santidade do paraíso, e o caos que reinava fora dali.

Um anjo se recusou, acreditando que a única coisa pela qual valia lutar era uma força que hoje chamamos de amor. Expulso do paraíso, esse anjo não caiu sozinho. Todos os anjos que se recusaram a escolher, caíram em um lampejo de poderosa fúria. Eles são os anjos caídos, exilados do paraíso, eles vagariam pela terra até que o anjo rebelde abandonasse o amor e escolhesse um dos lados.

Isso foi passado, este é o agora!

...

POV ANA

Uma longa viagem havia sido percorrida, quilômetros de extensão viajados dentro de um carro em meio a uma grande chuva que tinha caído no norte de Seattle, na parte mais afastada o possivel. Agora resta somente as pequenas gotinhas deslizantes nos vidros e uma visão nublada nos campos extensos. A minha cara de paisagem também faz parte, eu não durmo a muitas horas, meu corpo está em um estado de relaxamento automático. Apenas as musicas relaxante de Céline Dion projetadas no meu fone de ouvido me tranquilizam nesse momento de deslocamento forçado. Em minha frente está minha mãe sentada no banco ao lado do motorista que não parava de ajeitar o espelho para me encarar com aqueles olhos verdes curiosos. Ela estava possivelmente chorando devido a quantidade de vezes em que ela fungou o nariz, e o por que é simples. Estou indo para um colégio interno para pessoas "problemáticas" e esse lugar fica muito longe de onde eu vivia então isso reduz qualquer tipo de visita familiar.

Quando finalmente avisto uma estrutura rochosa, ou melhor dizendo, um castelo imediatamente retiro meus fones para perguntar ao motorista:

- É aqui?

E ganho em resposta:

- É, é sim!

Novamente volto a olhar quando o carro passa pelos portões antigos da estrutura, um lugar rústico e de aparência fúnebre.

Meus olhos entram num estado de deslumbre ao ver o quão bonito era, em cores de pêssego e azul claro reproduzia nitidamente um palácio das antiguidades.

Logo o carro estaciona em frente a porta principal que estava aberta. E ao sair juntamente de minha mãe sou recebida por um caloroso abraço seguido de um:

- Eu amo tanto você!

Ela beija minha cabeça com a aparência visivelmente deprimida, com o nariz vermelho e olhos inchados de tanto chorar.

- Eu também, mas não se preocupe, ficarei bem!

Digo em seguida presenciando os olhos marejados dela prestes a cair no choro novamente. Em quanto isso o motorista havia pegado minhas bagagens do porta malas e deixado ao meu lado.

- Olha só.- Ela pega algo em sua bolsa. Uma caixinha amarrada por um cordão vermelho.- Queria que tivesse alguma coisa pra abrir no seu aniversario.

Ela me entrega a caixinha de cabeça baixa.

- Obrigada!

Sorrio gentilmente antes de ser abraçada novamente.

- Eu te amo mãe.

Fecho meus olhos apreciando esses poucos segundos que tenho em seus braços, talvez os últimos então ela se afasta depositando um beijo molhado em minha testa.

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