ᴛᴏ ʀᴜɴ ᴀᴡᴀʏ| ʜᴏsɪᴇ

XVII

O dia se passou, e Hope não teve notícias de Josie, o que deu tempo para ela pensar, pensar em Josie.

Ela lembrou da época em que a Josie estava nervosa para o seu primeiro encontro, ela estava com medo de não saber beijar, então Hope a ensinou.

A ruiva ficou dias e dias com aquele beijo na cabeça, em como os lábios de Josie são macios, em como ela cheira bem, em como Josie Saltzman pode ser apaixonante em vários sentidos.

Mas em pensar que ela estava apaixonada por Hope era loucura.

Mas aquilo mexeu com Hope, e fez a ruiva abrir os olhos, e ver com clareza, de que, sempre foi a Josie e sempre vai ser ela.

Josie é a dona dos pensamentos de Hope, de todos.

Hope estava parada na frente do quarto de Josie, ela não sabia se entrava, se batia na porta ou iria embora.

Mas ela queria e precisava dizer a Josie que sim, que os sentimentos dela são recíproco, ela quer poder dizer a Josie que ela a ama.

Josie andava de um lado para o outro, ela pegava tudo o que era dela que estava espalhado pelo chão, ela fechou a bolsa e colocou nas costas.

Abriu a porta e viu Hope, a ruiva se assustou, ela olhou para a bolsa sem entender.

- Vai fugir de novo?- disse com um pequeno sorriso.

- Isso importa?- riu áspera.

Josie fechou a porta do quarto e começou a andar, Hope a seguiu.

- Vai ser sempre assim?- a ruiva perguntou.

- Assim como?

- Vai sempre ficar fugindo quando alguma coisa ficar fora do seu controle?

Josie não respondeu, ela empurrou a porta do hotel e foi para rua, estava chovendo, mas ela não iria voltar para dentro.

- Josie, vamos conversar!

- Para de me seguir!

Hope entrou na frente da morena, ela tinha um sorriso de canto.

- Eu te amo, Josie.

- Eu não te amo mais, Hope.

Hope encarou os olhos de Josie, e se sentiu como se pudesse morar ali.

- Não, você me ama, me ama como eu te amo.

- Hope, por favor...

Hope sorriu, ela chegou mais perto de Josie e a beijou. Josie não se moveu, ela apenas deixou Hope beija-lá, igual quando elas tinham quatorze anos.

Hope se separou de Josie, e a morena resmungou.

- Eu te amo, Josette!- gritou. Josie riu.

- Você sempre soube, não é? Você sempre soube que mesmo que eu falasse não, ainda sim, seria sim.

- Sim,- se inclinou e beijou Josie novamente- que tal voltar para casa?

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Eu não me aguentei, desculpa.

(Talvez estejamos chegando ao fim...)