fifteen

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Jisung já estava no seu décimo terceiro sono quando foi, praticamente, ameaçado de morte pela sua prima para levantar. Coitado do moleque, tá de férias e ainda tem que acordar cedo. 15:38Pm, ok talvez não tão cedo, calma...

— 15:38?! – gritou se jogando no chão assustado. Rapidamente levantou procurando sua toalha, se tinha um coisa que jisung conseguia fazer muito bem era se atrasar, não entendia, e não importava o quão cedo acordasse, sempre iria se atrasar.

— exatamente! seu celular não parava de tocar, e pelo que parece você está atrasado pro' seu encontro –cruzou os braços encarando o garoto desesperado correndo pelo quarto – está na terceira gaveta.

Rapidamente Sung puxou a gaveta pegando uma toalha indo em direção ao banheiro.

— obrigada Misuk, agora cala a boca! – mandou e se trancou dentro do banheiro.

— não me manda calar a boca, seu molequ– –não conseguiu terminar a frase se segurando para não quebra a cabeça dele naquela porta. – você acha que eu tenho cara de ser sua empregada né?! quero ver quando você sair daí, eu vou te amarrar pelas pernas garoto, eu vou te caçar. – ameaçou, mas o mesmo ligou o chuveiro para abafar seus gritos, entao apenas suspirou fundo e saiu do quarto.

Jisung se apressou no banho saindo na velocidade da luz para procurar uma roupa.

— oi Lino! – disse nervoso assim que atendeu o celular vestindo uma cueca.

— jisung?! Aonde você está? Nós combinamos às 15:30, lembra?! Agora são 16:01! – esbravejou contra o telefone, Minho odiava quando a pessoa tinha um compromisso com ele e se atrasava.

— eu sei, eu sei, me desculpa, eu acabei dormindo mais do que eu precisava, eu já, já tô saindo de casa, prometo! – Minho suspirou do outro lado da linha e concordou.

Jisung desligou o celular e terminou de colocar seu moletom em seu corpo. Pegou seu celular, fone, carteira e chaves saindo apressado de casa recebendo uns sermões de Misuk, mas como sempre, não se importou com os xingamentos da mais velha.

Chegou no lugar ofegante e suando pouco, Minho o encarava com uma carranca extremamente bravo, mas o que era para ser uma cara assustadora acabou se tornando algo muito sexy.

— uh, vai com calma, nem recuperei o fôlego e tu já tá tirando ele de novo – riu vendo o rosto de Lee corar e ele desviar o olhar.

— cadê o hétero? – o outro perguntou fingindo prestar atenção em outra coisa na rua. – você está estanho, eu hein, por que tá me paquerando do nada? ENFIM, por que demorou?

— me desculpa a demora – se desculpou já recuperado da maratona que correu.

— tudo bem, e não se atrase mais! – falou num tom brincalhão desconfiado.

— não vou, ou pelo menos vou tentar. Agora para aonde vamos?

— você verá.

Puxou o garoto pela mão o arrastando pela calçada, nem percebeu quando este se acostumou com o ritmo do andar de Lee e entrelaçou seus dedos, jisung estranhou, ficou meio nervoso na possibilidade dos outros acharem que eram um casal, mas não faria nada para magoar novamente Minho.

Com o tempo foram se soltando, conversavam animados um com o outro tendo direito à sorrisos e risadas gostosas vindo de ambos.

— Jisung? Uau, não sabia que agora está jogando pro mesmo time – seguiu a voz vendo a pessoa sorrir aberto para este.

— Sooyoung?... – disse assustado, apertou a mão de Minho que rapidamente apertou a dele de volta em sinal de proteção. O Lee franziu o cenho imaginando que ela devia estar rastreando ele ou algo do tipo, para aparecer do nada horas depois de fazer alguma bosta, parecia ser de propósito.

— olá, sou Hwang Sooyoung. –sorriu simpática para Minho que se forçou a sorrir de volta.

A menina do lado dela parecia nervosa, tanto quanto jisung.

— prazer, sou Lee Minho, namorado dele – jisung que até agora estava quieto, arregalou os olhos querendo protestar, mas agora não era a melhor hora.

— ah sim, no fim você encontrou alguém mais rápido do que eu esperava, quem diria que alguém iria gostar mesmo de você. Espero não estar atrapalhando algo importante, mas eu quero falar com o Jisung, posso? – Minho iria protestar falando que já tinham uma compromisso (se segurando para não soltar 300 xingamentos junto), mas Jisung foi mais rápido, concordando com a garota. Ele parecia sério.

Agora Minho e a outra garota estavam sozinhos, e a menina parecia desconfortável e angustiada. Ela estava com cara de quem queria dizer algo, mas simplesmente não saia, já devia imaginar.

— você quer falar algo? – foi direto.

— você sabe... não é? Eu sou a irmã dele. – falou baixo. Como Minho suspeitava.

— sei do que? Da idiotice que vocês fizeram com o Jisung? Se foi isso eu sei sim, sei muito bem pois doeu em mim ver como ele estava arrasado. – falou de forma rígida, suas feições eram sérias.

— nós não queríamos que acabasse assim, mas foi inevitável... – sentiu uma tonelada de peso na consciência, era seu irmão, como pôde fazer isso?

— na verdade era bem evitável, não sei o que estava passando na cabeça de vocês quando fizeram isso, mas sabiam no que estavam se metendo, você só está sendo mais hipócrita ainda dizendo que foi inevitável.

— eu sei, eu sei... Eu queria poder te contar o que aconteceu, com sorte você consegue perguntar algo para ele – disse e Minho apenas deixou um "hm." sair. Ficou um silêncio então, não fazia nem 6 minutos que estavam ali, mas já estava cansando.

— Minho, não é? - ela voltou a falar, e riu fraco – você parece ser um ótimo namorado pro' Ji, ele sempre ficava me falando que gostaria de namorar alguém que o entendesse, alguém que se preocupasse consigo e que estivesse consigo pelo o que deve vier, você parece ser tudo isso e muito mais, espero que não o magoe como eu magoei... O Jisung pode ser um pouco duro às vezes, talvez você não saiba disso, mas o Jisung também cresceu sem os pais e, nunca teve nenhum amigo em sua infância, mas mesmo assim nunca o vi chorar, ficar zangado, ou se dar por vencido... – sorriu fraco. – ele está sempre ansioso para melhorar, ele quer encontrar alguém que o respeite, é o sonho dele. Meu palpite é que ele se cansou de chorar e resolveu fazer alguma coisa a respeito.

Minho suspirou.

— você talvez seja esse alguém Minho... Pode estar com raiva de mim agora, mas escute pelo menos isso... Espero que algum dia você e o Ji possam me perdoar. – se afastou assim que viu que os dois estavam voltando.

Minho ia abrir a boca para falar algo mas foi puxado por Jisung, nem se despediu e o seguiu tentar acompanhar seus passos. Ele parecia triste, não queria tocar naquele assunto, então novamente entrelaçou suas mãos para protege-lo.

— se não quiser falar sobre isso está tudo bem, agora vamos tomar sorvete, hm? – sorriu abobado vendo os lábios extremamente atraentes de Jisung abrirem um sorriso.

— obrigado Lino.

— não me agradeça Sunggie, eu quero te ver bem, eu amo seu sorriso.

minsung chat.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora