- São lições para eu ser homem, Yukiko-chan.

- Homens como eles? – ela pergunta, apontando o polegar para trás, na direção que ambos fugiram - Quer mesmo ser um idiota como aqueles bastardos, Yuugi-kun?

- Eles só querem que eu seja forte. – ele fala dando de ombros embora soubesse em seu interior que eles queriam apenas atormentá-lo, tal como qualquer valentão fazia para se divertir.

A albina revira os olhos e suspira porque já esperava algo assim.

Afinal, ela sabia que o seu amigo era incapaz de odiar alguém, não importando o que fizessem com ele por causa do seu coração bondoso, altruista, amavél e gentil. Podia até ter raiva em um primeiro momento, mas era incapaz de manter essa raiva por muito tempo.

Enquanto ela olhava para os dois que haviam fugido, Yukiko era plenamente ciente que Jounouchi havia pegado uma das peças do Sennen Pazuru e que iria atirá-lo na piscina da escola para aliviar a raiva.

A meia dragoa confessava que tinha que se controlar demasiadamente para não quebrar os ossos deles pelo que faziam ao seu amigo enquanto questionava como podia surgir alguma amizade disso.

Ademais, por mais que soubesse o que eles fariam por Yuugi no futuro, principalmente o loiro que arriscaria a vida mais de uma vez por ele, ela desejava descontar neles todo o sofrimento e dor que causaram ao seu querido amigo e desejava fazer isso sozinha porque quando estava com Kisara e Nuru era obrigada a se conter e por causa dessa contenção, não podia puni-los da forma que desejava.

Ao imaginar uma forma de puni-los, sem estragar os eventos que iria ocorrer, ela sorri malignamente.

Afinal, era uma necessidade tão intensa quanto respirar. Yukiko era plenamente ciente que precisava se vingar deles, antes dos acontecimentos envolvendo Ushio e ao revisar os seus planos para eles, a albina sorri imensamente porque a noite prometia ser bem divertida para ela porque eles seriam a sua presa e a meia dragoa confessava que estava ansiosa para caçá-los e torturá-los.

Em um dos corredores do colégio, Jounouchi exclamava revoltado:

- Que droga! Por que temos que ser salvos por ele?!

- Se acostume. Aquele desgraçado sempre fará isso.

- Aquela Yukiko bastarda! Ela sempre está nos atrapalhando juntamente com a Kisara e com a Nuru-chan! Elas não perceberam o quanto ele é patético? Parece uma mulherzinha nojenta.

Honda dobra os braços e fala:

- Tem coisas que são inexplicáveis, amigo. Se bem, que nesse caso, poderia ser em virtude do fato deles serem amigos de infância. Bem, foi o que eu ouvi.

- Uma coisa é a infância. Outra coisa é a adolescência.

O moreno suspira e fala, revirando os olhos:

- Em relação a esse aspecto, não vejo qualquer distinção. Aceite que dói menos.

- Eu nunca irei aceitar! Por mais que mostramos o quanto ele é patético, a Nuru-chan...

Ambos se encontravam tão distraídos enquanto conversavam entre si, que apenas sentem se chocar contra algo duro e ao olharem para cima, acreditando que haviam se chocado com alguma parede, eles observam um adolescente alto e forte com uma altura muito acima do que podia ser considerada normal e que exibia uma face irritada para eles.

Imediatamente, Honda o reconhece e fica apavorado ao mesmo tempo em que Jounouchi não o reconhecia e por isso, não exibia medo ao contrário do moreno.

Então, o rapaz pergunta:

- O que você quer dizer com "Por mais que mostramos o quanto ele é patético"? Como vocês estão mostrando isso? Por acaso, estão maltratando alguém?

Almas predestinadasWhere stories live. Discover now