Quarto Capítulo

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"Você não pode ver o vestido que o Can for escolher Tin!" A voz de Pete era ouvida do outro lado do telefone, estava no viva voz e os noivos tentavam discutir com ele, a verdade é que Can não se importava muito, não é como se ele fosse realmente usar um vestido branco com mangas bufantes, mas Pete achava que aquilo daria azar e Tin discordava completamente, de qualquer jeito eles já estavam chegando na loja.

"Nós já estamos chegando Pete, que horas você vem?" Can falou por cima da voz dos outros dois enquanto segurava o riso.

"Eu vou me atrasar um pouco, Ae foi aceitar uma adoração em algum lugar e se atrasou, e você sabe como eu não sei andar por aí." Pete queria dizer dessa cidade onde os seres mitológicos viviam, o lugar que Tin disse que teria o vestido perfeito para o noivo.

"Tudo bem, mas venha logo, quero sua opinião nas roupas também." Logo os dois amigos se despediram e Tin estacionou o carro.

Ao entrarem na loja um sátiro com uma echarpe rosa e óculos na ponta do nariz apareceu fazendo uma reverência exagerada para Tin, ou Himeros, já que o deus do sexo que pediu para Can apenas o chamar assim na presença desses seres.

"Senhor Himeros, é um prazer tê-lo na minha humilde loja." O sátiro falava alongando levemente as vogais de um jeito cômico que fez com que Can desse uma pequena risada, atraindo a atenção do ser para ele. "E você deve ser a noiva.

"Noivo. " Can corrigiu.

"Ouvi dizer que é uma Ninfa." O sátiro cruzou os braços o analisando de cima a baixo.

"Tenho apenas sangue de ninfa, uma porcentagem pequena, para falar a verdade." Meio a contragosto o outro concordou.

"Te espero aqui, amor." Tin disse e deu um beijo na têmpora do outro, de um jeito estranho o sátiro sorriu, como se percebesse algo.

"Tenho a roupa perfeita para você." Ele disse e carregou Can dali. "Para ser sincero os boatos sobre você não eram nada bons." Can estranhou onde aquela conversa estava indo sem a presença do noivo, mas decidiu se calar enquanto via o outro pegar diversas peças de roupas das araras. "Mas o jeito que Himeros te olhou..." Suspiro "Aquilo sim é amor verdadeiro, não vejo a hora de contar para Glinda, ela jurou de pé junto que você tinha jogado algum tipo de feitiço nele." Can apenas ouviu a fofoca, antes que percebesse estava rindo junto com o outro enquanto colocava a primeira peça.

Era algo totalmente diferente, e não tinha muito pano, para o azar de Can. Era uma saia longa e bege, que possuía dois cortes grandes o suficiente para aparecer suas coxas fartas e claras, na parte de cima uma corrente dourada traçada com o mesmo pano da saia tampava levemente a nudez do torso, mas a sua cintura fina e ombros ficavam totalmente nus, aquilo definitivamente era mais sexy do que o esperado.

"Eu não sei se..." Can tentou argumentar, mas antes que percebesse o sátiro, que Can tinha acabado de saber que o nome era Timy, o empurrou para a sala em que Tin esperava, e fechou a porta para deixar os dois mais à vontade, péssima ideia.

Can entrou na ponta dos pés, e Tin estava lá, sentado no sofá, e assim que viu o noivo se levantou, olhou cada detalhe da roupa do amado, as sandálias douradas nos pés, as coxas fartas e pálidas aparecendo pelo corte do vestido, a cintura fina e delineada por pano e correntes da mesma cor que as sandálias, ele nunca o viu tão sexy, pelo menos não um sexy tão proposital quanto isso, quer dizer, Can era lindo, o mais lindo, mas aquela roupa que marcava suas melhores curvas....

Can nunca tinha visto os olhos do outro daquele jeito, era engraçado e assustador ao mesmo tempo, engraçado de pensar que ele ainda podia ter esse poder sobre um deus, e assustador, porque ele poderia jurar que o outro o atacaria e o foderia com força ali mesmo.

O Deus do SexoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora