Eu sonho. Sonho com água e então acordo envolta em água; eu estou no útero, e tudo é quente e aguado. O xarope da vida tem um sabor sacarino e doentio, assim como a morte. Eu sonho. Eu acordo. Eu ainda estou no útero e as coisas ainda são silenciosas e aguadas. Meus olhos, útero para palavras, útero para mundos, útero do amor. Encontro-me perpétua mãe, eterna filha, envolta em lençóis d'água, sonhando, sendo sonhada, sonhando mais. As luzes aqui são solares e suaves e me alcançam em seda através da superfície do lago. O lago é o útero, minha mãe, minha filha, nascida dos meus sonhos e sua terra natal. Árvore doadora, esperando meu cadáver retribuir. Eu sonho com água. Debaixo das ondas cresce um jardim, e o jardim come do meu cadáver. Eu sou o jardim, envolta em água, útero, mãe e filha. Eu respiro no fundo do mar. Eu sou o fundo do mar. A luz brilha assustadora através do corpo translúcido do mar. Eu sou um lírio, dormindo acima d'água. Eu sou morte, a beleza e puridade. Carrego um lírio no peito, bombeando água doce. Eu sonho. Eu continuo sonhando. Finalmente, eu bebo.
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chá e renda
Poesiae o farei suavemente, ou não farei por nada. viver nesse mundo, caprichosa como sou, experienciar esse longo caminho com a calma de mãos maternas, é nadar em sonhos líquidos. e não há paz mais verdadeira do que a que pinga do coração de morfeu. 🍵🕊...
