— Joalin, não dá. – Minhas lágrimas começam a cair e eu senti meu corpo amolecer, Joalin me abraça.
— Você vai conseguir, você não precisa ver ele. Eu vou estar aqui com você. – Eu soluçava de tanto chorar.
Eu estava lembrando de toda dor, eu não estava triste porque ele me traiu, eu estava triste porque eu achava que ele me amava, eu achava que eu era a mulher da vida dele, mas eu não fui suficiente. Eu não era suficiente pra ninguém, eu era um peso pra todos.
— Pensa pelo lado bom, o Daniel vai estar aqui e a gente vai passar um bom tempo juntos. – Joalin tentava me acalmar, mas não funcionava.
Eu só queria que Noah estivesse aqui pra cantar pra mim, era só isso que eu precisava. Eu chorei por tanto tempo que acabei dormindo ali mesmo, nos braços da minha melhor amiga.
No dia seguinte, quando eu acordei, senti uma dor imensa nas costas, por ter dormido torta. Meu rosto estava inchado e Joalin não estava lá. Tinha uma cartinha em cima da escrivaninha, mas deixei pra ler depois e fui pegar um pente para pentear meu cabelo no meu quarto.
A porta do quarto estava fechada, o que era estranho, pois eu sempre deixava aberta. Abri ela e me surpreendi ao ver dois corpos totalmente jogados na minha cama. Me aproximei pra ver quem era, lentamente. Noah e Josh. Eu lembrava exatamente de tudo o que aconteceu na noite passada, eu era uma bêbada consciente. Lembro o que aconteceu com Lamar, Noah e o que Joalin me disse, mas a única coisa que eu não lembrava era Noah e Josh virem dormir na minha casa, e pior no meu quarto.
Deixei eles dormindo e voltei pra sala pra ver se tinha alguma explicação na carta, e tinha.
"Bom dia Sabs! Eu saí pra comprar comida, mas já volto. Josh e Noah apareceram ontem quando você tava dormindo, eu deixei eles dormirem no seu quarto. Espero que não tenha problema.
Con cariño, Jojos."
Eu estava com fome e não tinha nada para comer na casa. Eu só comia fora e todos os dias de manhã ia na mesma lanchonete que conheci Lamar para encontrar ele, mas essa manhã era diferente. Eu tinha ficado com ele e eu não sabia como reagir quando o encontrasse.
— Bom dia Saby. – Ouço uma voz rouca atrás de mim.
— Noah, bom dia. – Sorrio para o garoto que coçava os olhos se acostumando com a claridade.
— Tá tudo bem? – Ele se aproxima deixando um beijo em minha bochecha.
— Não. – Meus olhos se enchem de lágrimas e eu sinto minhas pernas tremendo, como na noite passada, mas Noah me envolve em um abraço apertado, me mantendo forte.
— Quer contar o que aconteceu? – Meu rosto já estava todo molhado de novo, assim como a camisa de Urrea.
— Ele vai voltar. – Digo abafado por estar com a cabeça em seu peito. — E eu não quero que ele volte, ele me fez muito mal, ou melhor, eu fiz muito mal a ele, e não quero vê-lo agora.
— Seja lá o que aconteceu, eu tenho certeza que você não teve culpa nenhuma. – Ele acariciava meu cabelo. — Você é uma ótima pessoa, Sabina, eu sei que você não faria mal a ninguém.
— Você não me conhece, Noah. – Eu me afasto dele. — Eu sou uma pessoa horrível, eu sou tão insuficiente e não quero te machucar também, você não merece isso. – Ele tenta pegar meus braços, mas eu me afasto mais, caindo em cima da mesa de centro de vidro.
— Sabina! – Noah corre até mim, enquanto eu sentia minhas costas arderem.
Elas pareciam pegar fogo e eu não conseguia me mexer. Noah tentava falar comigo, mas tudo estava escuro. Eu queria responde-lo mas não conseguia. Era isso, a minha hora tinha chego, e eu não ia mais incomodar ninguém.
Abro os olhos novamente, vendo uma luz, forte e branca. Então era assim a morte? O céu parecia bem claro, ou melhor, a sala de quarto do hospital em que eu estava.
Não foi dessa vez, e agora eu sei o verdadeiro significado daquele ditado: Quem é ruim morre tarde. Parece que eu teria que continuar com a minha fútil existência na Terra.
— Sabs, você acordou! – Escuto a voz de Daniel e logo o vejo com um sorriso no rosto. — Que bom que está bem.
— É, extremamente bem. – Tento abraçar ele, mas ainda estava muito fraca pra isso. — Aí! – Grito quando sinto aos mãos dele apertarem minhas costas no abraço.
— Desculpa, eu esqueci dos cortes. – Daniel se afasta arrumando as almofadas que eu estava deitada.
— O que você está fazendo aqui? – Pergunto fazendo careta ao tentar me deitar novamente.
— A Jojos me contou do acidente, então eu falei pra os meninos que eu ia vir antes, mas eles insistiram em vir também. – Ele dá de ombros e eu arregalo so olhos.
— Então... Ele está aqui? – Daniel faz uma expressão confusa, mas logo parece entender de quem eu estava falando.
— Ah, sim. – Ele se aproxima, fazendo movimentos circulares com seu polegar na minha bochecha. — Mas eu pedi pra ele não vir pra cá.
— Obrigada. – Dou um sorriso e vejo Noah entrar no quarto.
— Bom, acho que vocês precisam conversar... – Daniel diz saindo e me deixando sozinha com Noah.
— Saby, me desculpa. – Ele estava com um olhar preocupado.
— Não precisa se desculpar, eu caí sozinha. – Pego em sua mão e logo vejo ele abrir um sorriso.
— Olha, eu vi os cortes no seu braço e estou muito preocupado com você. – Olho para meus punhos que estavam cobertos pela camisola de hospital e me perguntei como ele viu, se eu fiquei o tempo todo de mangas longas. — Eu fui checar seu pulso, pra ver se você estava viva, aí eu vi as cicatrizes.
— Isso não é nada. – Afasto minha mão da dele e cruzo meus braços. — Eu só me cocei e acabei me arranhando sem querer. – Pensei na melhor desculpa que eu poderia dar, mas parece que não foi muito convincente.
— Você não me engana, eu já vi pessoas fazerem isso antes, e acredite em mim, não vai te aliviar de dor nenhuma. – Desvio meu olhar e começo a olhar e mexer em minhas unhas. — Eu não sei pelo o que você está passando, mas eu peço pra confiar em mim e deixar eu te ajudar.
— Eu não preciso de ajuda, eu preciso me afastar de todos, eu preciso ficar sozinha pra sempre, e talvez até morrer. – Algumas lágrimas começam a cair de novo. Eu só queria que aquela dor em meu peito parasse.
— Você precisa de um médico, Sabina. Você precisa melhorar. – Ele segura minhas mãos e encara meus olhos. — Eu preciso que você fique, eu preciso de você aqui.
E foi aí que minhas lágrimas começaram a descer, e parecia que uma cachoeira saía de meus olhos e minha cabeça doía muito.
— Sabina?! O que você fez com ela seu mendingo? – Jonah diz encarando Noah com desgosto e depois vindo até mim.
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hihihi olha a treta!
tô pensando em começar dois capítulos por dia (tentar).
eu tenho algumas fics no rascunho de natal e eu queria postar elas agora, mas não sei se vai dar...
nic<3
JE LEEST
DELIVERY, urridalgo.
Fanfictie× 𝑎𝑛𝑥𝑖𝑒𝑡𝑦 - 𝐔𝐑𝐑𝐈𝐃𝐀𝐋𝐆𝐎 ♫︎ 𝗈nde após ser traída Sabina resolve fazer um pedido em um aplicativo de delivery. Noah, o motoboy, decide ajudar a moça mesmo sem a conhecer. 𝖻𝗒 @𝖽𝗂𝗈𝗋𝗌𝗄𝗇𝗓 <3 ...
Twelve.
Start bij het begin
