A chegada em Gravity Falls

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《Gravity Falls》

Dipper estava sozinho em um ônibus, o seu destino era Gravity Falls, depois de três longos anos ele estava de volta.

— Não tem muita gente que costuma vim para cá garoto — o motorista falava com ele.

— Eu costumava passar minhas férias de verão aqui — Dipper responde o motorista mal consigo conter um sorriso de felicidade.

— Deveria ser terrível — o motorista fala rindo um pouco.

Ao longo da estrada ele podia ver o vale onde Gravity Falls estava aparecendo.

— Não, está enganado, aqueles foram os melhores dias que eu posso me lembrar — ele responde encostando a cabeça no vidro.

Sua visão era linda, aquela grande cachoeira que despencava no lago, duas grandes montanhas cortadas fazendo a forma de um disco voador e aquela pequena cidade que ele aprendeu a amar.

Depois de mais algum tempo e mistura de sentimentos entre empolgação e felicidade ele dá sinal ao motorista e finalmente desce no ponto de ônibus no começo da cidade.

— Tem certeza que não quer descer dentro da cidade? — o motorista pergunta para ele enquanto Dipper descia do ônibus.

— Tenho sim, minha casa fica fora da cidade, então é mais rápido vir por aqui — ele acena ao motorista agradecendo e desce.

Dipper caminha por um tempo do seu lado direito havia um lago, ele vai olhando a floresta, sente aquele ar puro que não se é possível sentir na cidade, o som dos pássaros e da água escorrendo ao seu lado, as folhas balançando, tudo aquilo te trazia paz.

Depois de um tempo ele pode ver as primeiras construções da cidade, mas ao invés de ir naquela direção ele vai na direção contrária, uma ponte de pedra que parecia bastante velha.

— De volta ao lar — ele sorri e segue naquela direção.

Depois de algum tempo ele finalmente vê a cabana do mistério.

Talvez por ele sempre ter conhecido ela velha e caindo aos pedaços não achou que estava tão ruim assim, claro que o mato estava alto e tinham grandes teias de aranha por todo lado, mas isso ele podia cuidar em um dia com uma boa limpeza.

Ele vai até a porta coloca a chave na fechadura e ao virar pode ouvir o som dela abrindo, seu coração começa a bater mais rápido, ele tinha demorado três anos para chegar naquele momento, mas infelizmente a porta estava emperrada, cortando o clima totalmente.

— Eu não acredito nisso — ele dá uns dois passos para trás e joga seu corpo contra a porta.

No entanto nada acontece, ele apenas bate na porta e cai para trás.

— Vamos! Não faça isso comigo — grita como se a porta pudesse o ouvir.

Depois de inúmeras tentativas lá estava Dipper, sentado na frente da porta olhando para o céu.

— Não acredito nisso — ele já tinha desistido.

Então ele sente sua barriga roncando, talvez já fosse algo perto de meio dia, olhando mais uma vez para porta ele decide.

— Vou almoçar e depois teremos nosso segundo round — Dipper fala encarando a porta.

Ao voltar a andar ele se arrepende amargamente de não ter ido de ônibus para a cidade.

Dipper caminha até o Greasy's, ele lembrava muito bem que apesar das pessoas estranhas que costumavam visitar ali, inclusive um deles seu próprio tio, a comida era verdadeiramente deliciosa.

Ele já estava bem próximo quando ele ouve alguém.

— Dipper?! — uma voz que ele conhecia muito bem.

Ao se virar ele vê Wendy sentada em uma pedra, ela parecia estar apenas ali olhando o tempo passar.

Ela pula da pedra e vai caminhando em sua direção.

— Wendy? Quanto tempo — Dipper acena.

Mas Wendy puxa e o abraça, diferente de antes Dipper agora estava um pouco mais alto que ela, seu cabelo tocava um pouco no seu nariz.

— Porque vocês não voltaram antes idiotas? — ela se solta e da um soco no braço dele.

Dipper dar uma risada sem graça.

— Aconteceram alguns problemas, mudamos para muito longe então era meio difícil — ele fala passando a mão na cabeça.

Wendy chega perto dele.

— Vocês sabem que podem contar comigo né? Se precisarem de algo — ela olha de um lado pro outro. — falando nisso cadê a Mabel.

Enquanto eles conversavam um luxuoso carro passa ao lado deles e estaciona na lanchonete, no entanto eles não percebem já que estavam muito entretidos.

— Então ela ainda está na escola? Vocês não eram gêmeos? Ela reprovou? — Wendy fala fazendo uma cara de pavor.

Pelo jeito a escola também foi um pouco dura para a Wendy.

— Não ela não reprovou, é que eu fui adiantado um pouco e acabei primeiro — Dipper fala sorrindo.

— Em que ano a Mabel está? — ela pergunta.

— No segundo ano — Dipper responde na mesma hora.

Wendy ao ouvir isso conta nos dedos um pouco.

— Você foi adiantado dois anos? — sua cara de espanto é ainda maior agora.

— S-sim, meio que aconteceu — Dipper responde sem saber o que falar, até ele estava começando a pensar que aquilo era ruim.

— Não é possível, tínhamos um traidor entre nós — ela cochicha para si mesma.

— Que? — Dipper simplesmente não entende.

Depois de um tempo os dois vão caminhando até o restaurante.

— Então você está trabalhando aqui? — Dipper pergunta.

— Sim, tive que achar outro emprego depois que sair da cabana do mistério, mas não queria sair de Gravity Falls, então trabalho aqui e às vezes como lenhadora — ela responde fazendo o movimento de cortar madeira com o machado.

Os dois entram no restaurante e vai até uma mesa do fundo e se sentam.

— Deve ser difícil — Dipper fala.

— Nada, eu trabalho de lenhadora porque eu comecei a gostar um pouco, poderia muito bem apenas trabalhar aqui — Wendy explica enquanto chamava uma garçonete.

Os dois estavam sentados de frente e faziam o pedido quando alguém empurra Dipper pro lado e senta ao seu lado.

Quando Dipper vê aquele cabelo loiro ele lembra por um segundo de uma memória que parecia estar guardada em sua mente.

— Muita coragem sua passar direto por mim sem dizer ao menos um "oi" — ela fala olhando um pouco brava para Dipper.

— Pacifica? — Dipper olha para a garota loira.

— Quem mais seria? — ela responde.

O motivo era claro, não se parecia mais aquela Pacifica que estava sempre arrumada e maquiada.

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