Ele estava quase começando a se perder quando a mão de Taehyung pressionou em seu quadril com um pouco de força, como se buscasse equilíbrio. Jeon entendeu que já era demais.
Afastou-se com cuidado, vendo Taehyung olhá-lo um pouco retardatário, e isso o fez sorrir envergonhado. Ele estava realmente fazendo um humano perder as noções de tempo e espaço.
Puxou o humano lentamente para sua cama, este que seguiu sem problemas. Sentou-se ao lado dele na cama, pés no chão, esperando que Taehyung estivesse sentindo-se melhor.
— Você foi tão bom para mim... obrigado, Taehyung-sshi. — Jeongguk falou docemente, e ele quase não conseguia controlar-se ao perceber que ainda segurava o pulso de Taehyung, apesar de não usar força. O medo de que ele simplesmente desaparecesse era tanto...
Taehyung sorriu para ele, mas no segundo seguinte caiu de costas na cama, a respiração mais fraca, o que fez Jeongguk assustar-se.
— Taehyung?!
— Estou tonto — ele falou sem abrir os olhos, inspirando profundamente antes de aspirar.
— Você está morrendo? — Jeongguk perguntou um pouco nervoso. E se ele tivesse bebido sangue demais? Taehyung tinha tentado ajudá-lo e assim que o recompensava?! Ele era uma decepção!
— Eu acho que só preciso de líquido agora, vou ficar bem — Taehyung explicou.
— Por Selene, tudo bem, eu vou- Sim, eu vou trazer algo para você! — Jeongguk disse nervoso, deitando parcialmente sobre Taehyung apenas para beijá-lo nos lábios, sem movimentos. — Por favor, não morre!
E desse modo, ele não perdeu tempo para sair da cama e correr para fora do quarto, pedindo para que levassem uma jarra de água, outra de vinho, e mais algumas de bebidas que ele pensava que serviria.
Quando já estava retornando, bateu nervosamente na porta do quarto onde Jimin estaria, ouvindo um xingamento antes que ela fosse aberta.
— Jeongguk, eu estava dormindo-
— Eu o encontrei e ele vai morrer!
Jimin franziu a testa com o que Jeongguk disse, e sua cara deve ter expressado bem sua confusão.
— O que-
— Vem comigo.
— Mas e os humanos no quarto — Jimin choramingou quando Jeon já o arrastava com ele.
— Depois você volta!
Quando eles entraram no quarto, as jarras já estavam todas bem organizadas sobre uma mesinha que havia sido posicionada próxima a cama. Jeongguk foi até Taehyung de novo com Jimin ao lado, levando um susto ao ver que Taehyung estava de olhos fechados.
Ficou desesperado.
— Ele morreu! Jimin, eu não acredito que o matei! — Jeon falou, lágrimas já formando no canto dos olhos.
Jimin revirou os olhos por toda a cena. A verdade é que havia certa confusão de sentidos na primeira vez que o sangue de um humano era provado, já que o corpo não tivera se familiarizado, o que acabava impedindo o vampiro consumidor de perceber coisas óbvias como aquela em que estavam.
— Jeongguk, você não percebe que ele está respirando? Deve estar dormindo. Você sabe que horas são?! — bufou, vendo Jeon olhá-lo confuso, o rosto molhado de lágrimas. — Sério, ele está bem.
— Mesmo? — perguntou, ainda incerto. Jimin assentiu mais uma vez.
— Confiarei em você, então.
— E em qualquer um que te dissesse o óbvio — Jimin soltou baixo, rindo, mas Jeon não percebeu. — Pelo visto você realmente resolveu ficar com Taehyun.
Quando Jeon ouviu o nome, negou nervosamente.
— Não é Taehyun. É Taehyung. — destacou sua voz no final do nome para que Jimin entendesse. Ele cruzou os braços, as sobrancelhas erguidas.
— Uau. São iguais.
— São gêmeos, ele contou.
— Isso justifica. — Jimin concordou. — Você bebeu o sangue dele?
— Sim... foi tão bom. Nunca pensei que fosse tão bom — Jeongguk falou quase apaixonado.
Jimin sorriu.
— É sim. Mas então, você dormirá aqui com ele?
Jeongguk assentiu silenciosamente.
— Me ajude a ajeitá-lo na cama. — pediu. Jimin foi ajudá-lo, alterando ajudar posição de Taehyung para que ele estivesse deitado na cama de modo correto. — Obrigado, Jimin.
— Não foi nada.
— Eu vou voltar para o meu quarto agora.
— Tudo bem. Boa noite.
— Boa noite.
Assim que o mais velho saiu, Jeongguk olhou para Taehyung. Não sabia se deveria apenas deixá-lo dormir agora, mas e todas aquelas coisas que pediu para trazerem? Não podia correr o risco.
Foi até o humano, notando sua respiração leve. Reparando bem de perto, podia notar a pintinha na ponta do nariz que ele carregava. Era fofo. Acabou sorrindo inconsciente, cutucando a bochecha dele enquanto chamava seu nome.
Taehyung demorou um pouco para ouvi-lo, lentamente reconhecendo onde estava.
— Alteza...? — perguntou enquanto piscava, os olhos recusando a luz.
— Você pediu algo para beber, eu trouxe para você. — Jeon falou empolgado, dando espaço para que Taehyung visse todas as jarras na mesinha. Ele arregalou os olhos, surpreso.
— Não precisava de tudo isso- — parou quando viu o olhar do vampiro cair sobre ele, quase o desafiando a continuar. Engoliu. — Obrigado, Alteza.
Jeongguk sorriu, assentindo.
— Agora levante, precisa repor tudo que eu tirei de você.
Taehyung ainda estava sentindo uma leve tontura, e imaginava que não passaria logo. Resolveu realmente fazer como Jeongguk mandava.
Levantou-se, indo junto com o vampiro até a mesinha e sentando-se fronte a ela. Pegou uma taça e despejou a água de uma das jarras nele, enchendo-a. Diante do olhar atento de Jeon, levou a taça aos lábios, bebendo todo o conteúdo em goles longos. Assim que terminou, ele percebeu o vampiro olhá-lo com a testa franzida.
— Só isso?
— Eu acho que é suficiente.
Jeongguk negou, pegando a jarra de vinho e oferecendo a Taehyung.
— Beba esse. Você ficará bem logo!
E pelo olhar sério do vampiro, Taehyung sabia que não poderia recusar.
[🎠]
Essa história foi planejada pra ser uma one-shot dividida em 3 capítulos (como costumo fazer), mas como eu tenho um defeito que é iniciar e não terminar, eu vou finalizar a história aqui. Um dia quem sabe, eu escrevo o resto dela :')
ps!! essa história ganhou uma enquete de atualização! os dois últimos capítulos sairão em breve! não tire da sua biblioteca! <3
É isso, espero que tenham gostado!!!
xx
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Vampire Overflow | taekook
FanfictionQuando a brisa adentrou seu quarto pela janela novamente, sua própria boca encheu de saliva enquanto os olhos ameaçaram fechar. Era a primeira vez sentindo aquela sensação. Não um incômodo, ou enjôo como era comum. Mas uma linha tênue de prazer, que...
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