Capítulo 4

1.4K 244 57
                                    


Simon

O susto é tanto que não consigo esboçar qualquer reação enquanto Natasha puxa meus braços para cima, prendendo meus pulsos com correntes.

Caralho, isso não pode estar acontecendo!

— Mas que merda... — resmungo, tentando soltar meus braços, mas ela me dá um tapa na cara.

— Cala a boca escravo! Você só fala quando eu mandar, entendido?

Meus olhos se arregalam por baixo da máscara, questionando-me agora se ela sabe é o chefe dela que está ali.

Não, ela não pode saber.

Ela não ousaria fazer nada disso se soubesse.

Ousaria?

Eu espero mesmo que não

E a verdade é que não quero que Natasha saiba que sou eu ali, o escravo apavorado atrás da máscara.

Porra. Cacete!

Eu sabia que ela era louca, mas nem tanto!

Louca não. Sádica.

Estou ferrado.

— Sacode a cabeça se entendeu, escravo!

Sem alternativa, sacudo a cabeça em concordância e para meu pavor, Natasha abre minha camisa com maestria, passando as unhas pintadas de preto por meu peito.

Isso está mesmo acontecendo? Minha secretaria gótica está passando a mão no meu peito?

Quão inapropriado é isso?

— Muito bem, escravo. Vamos ver quanto de dor aguenta!

Dor?

Ela disse dor?

Viro a cabeça rápido, olho para onde Julie está sentada.

Me pergunto se ela sabe que é Natasha ali e quando capturo seu olhar deliciado, percebo que foi ela quem aprontou toda essa situação.

Não sei se Natasha tem ideia da minha identidade, mas Julie com certeza arquitetou tudo direitinho.

Psicopata maldita!

Ela vai me pagar por isso.

— Aiiiii — Um grito estridente escapa da minha garganta quando sinto algo quente escorrendo por minha pele, olho para baixo para ver Natasha jogando um troço jocoso que parece... cera?

Meu deus do céu, ela quer me matar?

Eu sabia que ela tinha uma verve assassina!

— Gostou escravo? — Indaga sorrindo.

Sacudo a cabeça negativamente.

— Responde!

— Não, não gostei dessa mer...

Outro tapa na cara.

Porra!

— Diga "senhora"!

Respiro fundo.

— Não, senhora.

— Então ainda não está bom? Que tal mais? — E ela esparrama mais da meleca quente no meu peito. Desta vez eu não grito.

Não vou lhe dar esse gostinho.

— Muito bem escravo!

Ok. Talvez se eu ficar quieto e entrar na brincadeira ou sei lá como chama essa tortura, ela me liberte. Para que eu possa acertar as contas com minha querida esposa vingativa que agora ri com gosto de seu privilegiado campo de visão.

Um bebê Inesperado - DegustaçãoWhere stories live. Discover now