- C-como você conseguiu cantar a minha parte rápida? -Diz com os olhos brilhando.
- Como assim sua parte rápida? -Digo e o mesmo tira a máscara e os outros também.
MANOOO, É O SUGA, V, JIN, RM, JIMIN, JUNGKOOK E J-HOPE! EU NÃO ACREDITO!! TODOS ELES...
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Sabe aquela vontade de chorar descontroladamente como se não houvesse amanhã? É exatamente assim que eu estou. Sei que não há necessidade disso mas eu não consigo evitar... Eu não deveria ter vindo fica com Gabriel, mas para mim parecia ser uma das únicas opções.
Era isso ou me matar... E me matar sem tentar a opção de vir aqui seria burrice, mas na minha opinião foi pior eu ter vindo.
A vida dele esta perfeita e eu chego assim do nada pra estragar tudo, e ainda coloco os meninos no meio!
Eu estou me segurando pra não chorar, eu odeio o Vitor! Eu sei que a minha mãe foi culpada nisso tudo, mas, ele não precisava descontar em mim. Eu não tenho culpa se sou um fruto de um falso amor!
Se foi culpa dela porque ele não se resolveu com ela!?
Eu levantei da cama, fui para o banheiro, fiz um coque no cabelo e tirei as minhas peças de roupa as jogando no cesto, abri o vidro do box e fui para debaixo do chuveiro o ligando-o
Enquanto a água escorria pelo meu corpo nu, tentei ignorar os meus sentimentos mas não consegui aguentar e comecei a chorar. As lembranças invadiram a minha mente e tudo ao meu redor ficou sufocante para mim.
Minha mãe... Meu pai... Tudo que eu passo...
Meu passado, minha história me persegue e quanto mais eu tento ser feliz pior fica os dias futuros para mim.
Acho que fiquei uns 30 minutos debaixo daquele chuveiro com a água caindo sobre o meu corpo, eu sei que eu poderia ficar doente mas eu não me importei com isso naquele momento. Hoje tudo o que eu ainda desejo é a minha morte, por mais que eu tente afastar esses sentimentos e por mais que esses dois dias tenham sido ótimos, eu ainda sinto a dor de ser eu mesma.
Eu sai do box e comecei a me secar mas quando olhei o reflexo do meu corpo no grande espelho que vinha do chão até o teto acabei me perdendo em uma longa e dolorosa reminiscência. Meu corpo ainda tinha todas as marcas dos espancamento causado pelo meu pai, se é que posso chamar ele assim. Minhas cicatrizes antigas quase não apareciam muito mas as mais recentes me deixavam com vergonha de mim mesma. Eu tenho muitos cortes que não foram feitos por mim. Grande maioria foi feito por vidro de garrafas depois de ter me recusado a fazer alguma coisa para ele, outras foram facadas a qual ele tentou me dá depois de estar completamente bêbado.
Elas não doem mais fisicamente, mas, psicologicamente elas trazem lembranças que doem até na minha alma!
Minhas costas são cheias de marcas de surras a qual eu não sei como eu não morri.
Roupas que mostram muito o meu corpo foram rapidamente esquecidas a partir do momento que me perguntavam "O que é isso?" ou quando diziam "Minha nossa... Olha aquela garota!".
