Chega uma hora em que adormece o pequeno
E cresce o gigante.
Chega uma hora em que a mesma historia nao faz sentido
E precisa trocar o livro
Chega uma hora que aquela voz ingenua, deixa de ser aguda.
Chega a hora em que o espelho torna-se em espantalho
Chega uma hora em que a ilusao se veste de realidade.
Mas a realidade e que a crianca nao quer sair do ventre
Que nao quer crescer
Que nao quer morrer.
Mas ela precisa ser tomada por contrariedade
Para um bem ainda maior.
Falo aos loucos!
Porque aos nobres nao tem imaginacao!
Nem aos ceticos
Porque nao tem intuicao
Nem aos atores
Porque nao vive a realidade.
Nem os fanaticos
Porque nao desprende da paixao
Nem aos doutores
Porque entendem mas nao podem sentir
Apenas para os pensadores
Para os crentes
Para os pequenos enfim
Falo da seiva
Falo do brilho
Falo do medo
Falo do dia inteiro
E assim
Termino essa proeza
Com um lamento
Mas com um sorriso nos labios
Que conseguiu!
O instante4
