V

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  Uma pessoa chora de maneira desmedida,
  Descalça e sem porte.
  Encaro sua face, abraço sua vida,
  De longe, pois de perto, não sou forte.

  Pândega ao redor de meu corpo,
  Inerte permaneço aos olhos alicientes.
  Empedernido, duro, absorto,
  As melodias batem e voltam, não permeiam minha mente.

  Figuras anômalas sem candura,
  Mulheres e homens sem esperança.
  Deixo registrada minha valedoura jura,
  Manterei minha mente empachada na temperança.

  Fereza que me impele às veias,
  E impede minh'alma de concernir ao desejo,
  Esta quer abandonar-me o corpo em teias,
  Enquanto o outro retira-me todo e qualquer ensejo.

Chão de giz (Concluído) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora